Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse que o valor da tarifa de ônibus não deve ser reajustado. Ele também esclareceu que o fato da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) ter aprovado a isenção do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) às empresas de ônibus, não implica na redução da passagem, dada a baixa porcentagem que representa o valor na composição da tarifa. “Há um certo equívoco na forma como está sendo colocada a questão do IPVA, visto que ele representa apenas 4 ou 5 centavos do valor de uma passagem, de acordo com o cálculo técnico”, disse Arthur.
O prefeito disse que se o governo do Estado enviar o projeto de lei solicitando a isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel, e a Aleam aprovar, daí vai existir uma possibilidade real de se discutir a redução da tarifa de ônibus para R$ 3,50. “A ideia é diminuir o preço da tarifa se o governador Amazonino Mendes fizer aprovar na Assembleia, e se os deputados concordarem com isso, é claro, a isenção do ICMS sobre o diesel. De outro modo não vai haver nenhum reajuste de passagem”, firmou.
Para o prefeito não há a menor condição de aumentar a tarifa, além de salientar que os empresários não cumpriram o acordado quando a tarifa foi reajustada em R$ 3,80, em relação a troca de 300 veículos novos e com ar-condicionado. “Eu continuo no direito de cobrar a eles que façam o que não fizeram em 2017. Prometeram 300 ônibus novos com ar-condicionado e com porta à esquerda e deram apenas 40 ônibus sem ar-condicionado. Então eles estão em débito conosco, e portanto, eu posso dizer a eles (empresários) que pensem em aumento” afirmou Arthur, que também enfatizou que “ninguém é obrigado a ficar aqui. Eles se queixam que têm prejuízo e mostram planilha que estão perdendo. Então se estão levando prejuízo podem ir embora de Manaus e não ficar aqui perdendo”, alertou.
Quanto a um novo sistema de transporte, Arthur Neto revelou que no mês de janeiro irá apresentar o projeto do Bus Rapid Transit (BRT). Segundo ele, a implantação do novo modal deve acontecer por uma Parceria Público Privada (PPP) e já há um grupo interessado que apresentou uma proposta. “Nós queremos fazer esse salto para o BRT e mostrarmos que nós somos capazes de oferecer um transporte de qualidade para Manaus. Faremos a exibição do primeiro consórcio que se apresentou e aí faremos um chamamento público para outros consórcios, para então iniciarmos um licitação rigorosa e implantar o BRT porque essa é a saída”, finalizou.