Da Redação
MANAUS – Um estudante de Direito de 23 anos e outro de 49 foram presos, na manhã desta sexta-feira, 20, em Manaus, na operação ‘Luz na Infância’ de combate à pedofilia. A ação ocorreu simultaneamente em 24 Estados e é considerada a maior do mundo. Eles tinham farto material pornográfico, segundo a Polícia Civil do Amazonas. Foram apreendidos computadores, notebooks, aparelhos celulares, HD externo e pen drive.
A polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, que resultaram nas prisões e condução de 11 pessoas para prestar depoimento.
O diretor do DPM (Departamento de Polícia Metropolitana), delegado Geraldo Eloi, as investigações irão continuar. “Suspeitamos de mais pessoas envolvidos nesse crime”, disse.
A delegada Juliana Tuma, da Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente), disse que os criminosos usavam uma rede privada da internet para ocultar o crime. “As pessoas presas eram receptoras de conteúdo pornográfico e repassavam para outras pessoas. Eles serão indiciados por todos os crimes de pornografia infantil presente no Estatuto da Criança e do Adolescente”, disse.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros Colônia Oliveira Machado, na zona Sul; Cidade Nova e Lago Azul, na zona Norte; Parque Dez de Novembro, na zona Centro-Sul; e bairro Redenção, na zona Centro-Oeste.
Rastreamento
As investigações em torno da ação duraram seis meses. Ao longo dos trabalhos investigativos foram rastreados 151.508 arquivos em todo o País. Nos estados onde foram deflagradas a operação, foram cumpridos 113 mandados de busca e apreensão, que resultou em 108 flagrantes.
Os alvos da operação foram identificados por meio do levantamento de informações realizados pela Senasp e a Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil – Adidância da Polícia de Imigração e Alfandega em Brasília (US Immigration and Customs Enforcement-ICE), a partir de informações coletadas em ambientes virtuais. A partir da identificação de todos os alvos, as Polícias Civis dos estados envolvidos na ação, instauraram Inquéritos Policiais e representaram pelos mandados de buscas e apreensão junto ao Poder Judiciário.
O número de presos na megaoperação chegou a 108, informou o Ministério da Justiça.