MANAUS – Uma operação da pela Policia Militar, realizada na tarde desta terça-feira, 23, para apreender material de campanha da coligação “Renovação e Experiência”, do candidato Eduardo Braga (PMDB), terminou com a detenção de uma equipe do Programa Ronda no Bairro. Os policiais foram conduzidos à Polícia Federal por ondem do juiz da Propaganda Eleitoral, Henrique Levy, prestaram esclarecimentos e foram liberados. Eles tentaram invadir o comitê de campanha do bairro do Parque 10 para apreender material que estava sendo distribuído na cidade de Manaus com uma reportagem da revista Isto É desta semana com o título “Amazonas sob o comando da banda podre da polícia”.
De acordo com o advogado da coligação de Braga, Marco Aurélio Choy, o material é legalizado e produzido dentro das regras impostas pela legislação eleitoral. O panfleto tem o nome da coligação, o CNPJ (11.286.312/0001-20) e a tiragem de 75 mil unidades. Na Polícia Federal, foi instaurado um procedimento de crime eleitoral por turbação de propaganda eleitoral lícita.
Os panfletos estavam sendo distribuídos na Bola do Eldorado e foram apreendidos pelos policiais, que também deram voz de prisão aos cabos eleitorais. Em seguida, eles foram ao comitê para tentar apreender mais material.
O advogado Marco Aurélio Choy chegou a barrar os policiais na porta do comitê e gritava que eles estavam praticando abuso de poder, já que não havia nenhum mandado de busca e apreensão. O material de propaganda irregular só pode ser apreendido por ordem da Justiça Eleitoral, que aciona a Polícia Federal para fazer a apreensão, segundo o advogado.
“Os policiais militares tentaram entrar no comitê para buscar mais material e conduzir a coordenadora da base e o cabo eleitoral para o 23º DIP. Eu ponderei que só quem pode apreender material de campanha é a Justiça Eleitoral, então entramos em contato com o juiz da propaganda, doutor Henrique Veiga, que constatou que nosso material de propaganda não tem nenhum tipo de ilegalidade”, afirmou o advogado.
Marco Aurélio Choy destacou o fato de que, em poucos minutos, chegaram ao local sete viaturas e um helicóptero da Polícia Militar, mobilizados ilegalmente e sem mandado judicial. “Toda essa estrutura estava acompanhando a operação, tudo por conta de um panfleto lícito”, disse o advogado.
Outro lado
O advogado da coligação “Fazendo mais por nossa gente”, do candidato José Melo, Yuri Dantas, negou qualquer envolvimento do candidato o episódio envolvendo a Polícia Militar. Segundo ele, ao saber que panfletos supostamente apócrifos estavam sendo distribuídos nas ruas, a assessoria jurídica da coligação comunicou a Polícia Federal para que tomasse as devidas providência.
Sobre a ação da PM, Yuri disse soube por terceiros que eles haviam apreendido o material, mas negou qualquer envolvimento do candidato José Melo com o episódio.