MANAUS – Um esforço concentrado para realizar procedimentos cardiovasculares em pacientes infartados e vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) internados nos prontos-socorros 28 de Agosto, João Lúcio Machado e Platão Araújo, conseguiu, em uma semana, realizar pelo menos 100 procedimentos no Hospital Universitário Francisca Mendes.
A ação faz parte das medidas emergenciais que vêm sendo adotadas pela nova gestão do Governo do Amazonas para reduzir a superlotação nas unidades de urgência e emergência da capital. Além disso, visa reduzir as filas de espera por procedimentos, como exames e cirurgias.
Entre os dias 10 e 18 de outubro, foram realizados na unidade, que é referência em cardiologia na rede estadual de saúde, 60 exames de cateterismo, 20 angioplastia (11 coronárias, 8 cerebrais e uma de membros inferiores – MMII), 9 arteriografias MMII, além de 6 cirurgias e outros procedimentos, como embolização.
Histórico – A maioria dos pacientes tinha histórico de infarto do miocárdio e AVC e estava aguardando pelos procedimentos em leitos dos três prontos-socorros. A ação só foi possível devido à tomada de decisão da nova gestão da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), que criou as condições necessárias para que o Hospital Francisca Mendes pudesse realizar os procedimentos em tempo recorde.
Uma das medidas foi à manutenção do equipamento do setor de hemodinâmica do hospital, onde os procedimentos são realizados. Segundo o secretário estadual de Saúde, Francisco Deodato, o novo passo é a entrada em operação, nos próximos dias, de uma segunda máquina de hemodinâmica na unidade, que vai aumentar a capacidade em mais de 200%.
“Temos mais de 700 pessoas aguardando na fila do cateterismo. Outras 360 por cirurgias cardíacas adultas e mais 160 pediátricas. Com as medidas que estão sendo adotadas nesta unidade, vamos reduzir o tamanho dessa fila e proporcionar um atendimento mais rápido para quem está precisando”, garante.
Segundo o secretário, a prioridade para esta especialidade deve-se ao fato de que as doenças cardíacas são hoje a segunda causa de morte na população amazonense, depois dos traumas causados por acidentes.