MANAUS – Entidades e partidos políticos estão organizando para esta segunda-feira, 19, um ato público contra o reajuste da tarifa de ônibus em Manaus e pela instituição do passe livre para estudantes, a exemplo do que fez a Prefeitura de São Paulo. O ato será realizado em frente ao Palácio Rio Branco, sede do gabinete do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB), no Centro Histórico de Manaus, no final da tarde, seguido de uma vigília no local.
O presidente da União da Juventude Socialista (UJS), Yann Evanovick, afirma que o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) não dialoga com a sociedade e prefere ouvir os empresários do transporte coletivo na hora que decide aumentar a tarifa de ônibus. Segundo ele, em 2013 houve aumento de tarifa para as empresas de ônibus porque o governo e a prefeitura passaram a dar subsídios. “Os empresários tiveram um reajuste direto, sim, em 2013. Não é verdade que a tarifa estava congelada desde 2011. A sociedade toda estava pagando”, disse.
Além do reajuste feito através dos subsídios, Evanovick afirma que as concessionárias do transporte coletivo foram beneficiadas pela medida do governo federal que isentou as empresas do PIS/Cofins. “O prefeito Arthur concede agora o segundo reajuste da sua gestão e cada vez mais um conjunto de reivindicações ficam sem respostas, como a mobilidade urbana, o passe-livre, o metrô, o BRT, e nenhuma dessas propostas aparecem nas prioridades do seu governo”, afirmou o estudante.
Evanovick afirma o movimento iniciado com o ato público vai cobrar três medidas da Prefeitura de Manaus: 1) passe livre para estudantes; 2) não reajuste da tarifa; 3) recriação do Conselho Municipal de Transporte, que foi extingo na atual gestão.
Sobre o passe livre, o estudante comparou a situação de Manaus com a do Rio de Janeiro e São Paulo, onde houve reajuste de tarifa neste mês. No Rio, segundo ele, já havia passe livre para estudantes da rede pública e foi estendido para estudantes universitários; em São Paulo, foi criado o passe livre para estudantes de baixa renda. “Aqui, a tarifa está sendo reajustada sem nenhuma contrapartida”, disse.
Participam do ato entidades como o Coletivo Difusão, Associação Nacional dos Estudantes, União Nacional dos Estudantes, União Estadual de Estudantes, associações de moradores, centrais sindicais, sindicatos e partidos políticos.