MANAUS – A petroleira russa Rosneft iniciou em fevereiro passado suas primeiras perfurações na Amazônia pelo município de Carauari (a 786 quilômetros de Manaus). A informação está em reportagem do jornal O Globo, publicada neste domingo, com o título “Russos levam o sonho do petróleo de volta ao coração da Amazônia”.
A companhia russa é herdeira da HRT, que foi transformada em PetroRio e depois vendida à Rosneft, em 2011. No ano passado, a gigante russa assumiu um compromisso com a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para perfurar ao menos sete novos poços até 2019, com o objetivo de avaliar as descobertas de gás natural feitas pela HRT.
De acordo com a reportagem de O Globo, o projeto da companhia inclui a construção de uma termelétrica em Carauari e uma linha de transmissão de 790 quilômetros até Manaus, onde a usina seria interligada ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
Ainda segundo a reportagem, neste fim de semana a Rosneft levaria o governador José Melo e uma equipe de técnicos pela primeira vez, à área de perfuração no município de Tefé, de 8,47 hectares. A pedido da companhia, não foi permitida a presença da imprensa, diz a publicação.
A entrada dos russos na exploração de gás no Amazonas se deu em 2011, quando a TNK-BP (joint venture entre a russa TNK e a britânica BP) anunciou a compra de uma participação de 45% dos ativos exploratórios da HRT no Solimões, por nada menos que US$ 1 bilhão, de acordo com informações do jornal Valor Econômico.
Depois, a TNK-BP foi comprada pela Rosneft, que pagou outros US$ 151 milhões pela operação e pela fatia restante de 55% da HRT. Com isso, a empresa russa, após devolver algumas áreas, passou a deter 100% de participação em 16 blocos de exploração de petróleo.