Em reunião com assessores do Amazonas em Brasília neste fim de semana, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), comentou que a presidente Dilma Rousseff (PT) o orientou a lutar na Justiça para assumir de imediato o Governo do Amazonas caso seja confirmada a cassação de José Melo (Pros) no TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas). A decisão da presidente ocorreu dois dias após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) insinuar em entrevistas que pode ser candidato a presidente em 2018. Para Dilma, a ascensão de Braga ao Governo do Estado permitirá que ele trabalhe com mais força o nome do candidato do PT nas próximas eleições gerais e ajudaria também a melhorar a imagem do partido no Estado, onde no passado quebrou recordes de votos para presidente da República. Mas para seguir a orientação da chefe do Executivo, Braga terá que renunciar o seu mandato de senador e sair da caideira do Ministério, sob o risco da decisão regional ser derrubada em instâncias superiores. Essa decisão está sendo avaliada com cuidado, principalmente, pelos assessores jurídicos do ministro.