Da Redação
MANAUS – Com o massacre do Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) próximo de completar um ano, no dia 1º de janeiro de 2018, as forças de segurança do Governo do Amazonas reforçam a vigilância no sistema prisional de Manaus. No dia 1º de janeiro deste ano, 56 presos foram chacinados na penitenciária do Amazonas em um conflito entre facções criminosas.
Servidores da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), da SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública) e polícias da Polícia Militar (PMAM), Polícia Civil (PC-AM) e a Força Nacional estão mobilizados na ‘Operação Cerberus’, que inclui revistas nos presídios e ronda – terrestre, aérea e fluvial – permanente no entorno das unidades do sistema prisional do Estado.
Neste final de semana, a ação será intensificada com o acompanhamento das visitas de fim de ano e o reforço no policiamento nas áreas próximas às unidades prisionais. A operação, que permanece em janeiro de 2018 por tempo indeterminado, contempla, além do patrulhamento e revistas, o reforço de efetivo policial nas muralhas e acompanhamento das trancas das unidades no final de tarde.
O secretário de Administração Penitenciária, Cleitman Coelho, disse que todo o efetivo operacional da Seap, cerca de 60 servidores, está empregado na ação. “Nossos servidores que atuam em unidades prisionais, o grupo da Coordenação do Sistema Penitenciário (Cosipe) e o Departamento de Inteligência Penitenciária (Dipen) estão em campo acompanhando toda a movimentação das unidades prisionais para assegurar o cumprimento adequado da rotina em cada presídio”, disse. Também participam da mobilização 100 policiais militares e 20 policiais civis do grupo Fera.
“Registramos no dia 23 e 24 movimentação tranquila, a partir do momento que todas as visitas foram liberadas para entrar. A Seap pretende garantir uma virada de ano igualmente estável, com a intenção de preservar a vida dos custodiados, seus familiares, servidores e prestadores de serviços no sistema prisional”, completou Cleitman.
“Há uma atenção redobrada porque havia um falatório, muito boato na internet, dizendo que iria acontecer algo como uma espécie de comemoração daquele episódio que manchou a nossa história. Estamos cuidando da segurança de todos, com maior controle dos presídios e reforço policial nas ruas”, disse o vice-governador e secretário de Segurança Pública, Bosco Saraiva.
Saraiva disse que a operação utiliza helicópteros e drones. “Estamos implementando um sistema novo com patrulhamento terrestre, fluvial e o monitoramento aéreo com as aeronaves que estão sobrevoando os presídios e as áreas consideradas vermelhas de Manaus”, disse.
O comandante da PM, coronel David Brandão, disse que a ‘Operação Pororoca’, de fiscalização nos bairros, será intensificada com barreiras itinerantes nas chamadas áreas vermelhas, onde há índice maior de ocorrências criminais. A ‘Operação Catraca’ permanece com abordagens a ônibus do transporte coletivo para inibir assaltos.