Da Redação
MANAUS – O governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PDT), disse que secretaria não é prêmio e cobrou celeridade dos secretários para reduzir gastos e fazer o serviço público funcionar. Em entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira, 8, logo após reunião com os assessores, Amazonino anunciou que não permitirá desvios no governo e combaterá casos de corrupção com rigor. “Se tiver corrupção no meu governo eu ponho pra fora na hora”, disse. Ao fazer uma analogia, o governador disse que o governo tem que aparentar honestidade. “Aparência é importante, como a própria história de César. A mulher de César não tem que só ser honesta tem que aparentar ser honesta. É isso que eu quero no meu governo”, afirmou.
Amazonino disse que a situação do Estado é “caótica”. “Só de aluguel de carros, manutenção e aluguel de imóveis o Estado gasta R$ 200 milhões por ano. Está tudo estourado. Não há um setor do Estado equilibrado. Todos estão com déficit financeiro e de serviço”, disse. “O governo tem que ter órgãos para funcionar e não para fazer de conta”.
Conforme o governador, após 30 dias ele ainda não tem o governo nas mãos. Mendes considera que o governo está muito pulverizado e com dificuldades para coletar informações. “Sabemos que sem dados não há como planejar ou corrigir falhas. No governo que herdamos, cada secretaria tinha seu isolamento, existia um governo desconexo, só existia o nome de governador e os atos eram mecânicos. Então, não se sabe quantos funcionários têm, a folha de pagamentos e os excessos”.
Mendes anunciou que contratará uma empresa para fazer os levantamentos das secretarias e auditar a folha de pagamento, mesmo com o Estado em situação crítica. “A reunião que fiz com os secretários na manhã de hoje foi para conscientizar os secretários de que esse não é um governo como outro qualquer. É um governo que tem o compromisso de reconstrução. Então, os secretários têm que entender que não pegaram as secretarias como prêmio. Eles têm que ajudar a coletar as intimações necessárias e fazer o governo funcionar”, afirmou. “Estamos tentando governar e a reunião foi exatamente para isso, acelerar todo o processo. Eu mesmo me dei o prazo para colocar o Estado em ordem, para que ano que vem possamos estar colhendo bons frutos”, disse.
(Colaborou Patrick Motta)
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