Por Ana Carolina Barbosa, especial para o AMAZONAS ATUAL
MANAUS – O Amazonas foi o 5° Estado brasileiro e o segundo do Norte a apresentar a maior retração nas vendas do comércio varejista, em junho deste ano, amargando uma redução de – 7,6%, ou, 6,2 pontos percentuais a mais que as perdas registradas no mesmo mês, em 2014, quando a queda na comercialização de produtos dentro desta categoria foi de 1,4%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foram divulgados nesta quarta-feira, 12.
De acordo com a tabela de “Índice e Variação do Volume de Vendas no Comércio Varejista por Unidade da Federação”, da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, a retração no Amazonas está quase cinco pontos percentuais acima das perdas registradas no País, que chegaram a -2,7 em junho. Na prática, trata-se da diminuição do orçamento e do poder de compra do consumidor.
Se considerado o mês de maio de 2015, quando a redução nas vendas foi de 11,1% no Estado, o acumulado de perdas em vendas no primeiro semestre deste ano no Amazonas já chega a -5,6% e nos últimos 12 meses, de -3,1%. O dado considera metade do ano passado, período em que a crise econômica ficou mais evidente no Brasil.
Melhor mês
O mês com menor perda para o comércio varejista, em 2015, no Amazonas, segundo o IBGE, foi janeiro, quando houve queda de 1,1% na comercialização de produtos. O período geralmente é conhecido por promoções e queima de estoques pós-festas de fim de ano, quando o comércio precisa liberar produtos que não foram vendidos na época natalina, por exemplo, e ficaram entulhados no estoque.
Ainda de acordo com a pesquisa, além do Amazonas, outras 21 das 27 unidades da federação apresentaram resultados negativos na comparação com junho de 2014, com destaque para o Amapá (-10,2%); Paraíba (-9,0%); Alagoas (-8,0%) e Goiás (-7,7%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (-2,8%) e Rio de Janeiro (-3,6%).
O segmento de móveis e eletrodomésticos, com queda de -13,6% no volume de vendas em relação a junho do ano passado, foi responsável pela principal contribuição da taxa global do varejo. Com queda de 2,7% no volume de vendas sobre igual mês do ano anterior, o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ocupou a segunda maior posição na contribuição do índice geral.
O Estado com maior perda foi o Pará, com -10,2%. Sergipe apresentou o maior crescimento da tabela, com 6,3% .