Por Bruno Soraggi, da Folhapress
SÃO PAULO – O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), considera acertada a ação do presidente daquela Casa, Arthur Lira (PP-AL), de ainda não pautar o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Hoje temos mais votos (a favor do impedimento) do que ontem, mas ainda não são suficientes. Nada poderia ser pior do que ler (o pedido) e não ter voto suficiente (para aprová-lo). Isso fortaleceria uma escalada autoritária do presidente (Bolsonaro)”, avalia Ramos.
O deputado participará da manifestação contra o presidente da República na avenida Paulista, em São Paulo. Para ele, o ato deste domingo “deveria unir todos os brasileiros”.
“O momento ainda não é de disputa eleitoral, e sim de garantir que o Brasil vai chegar com a sua democracia sólida em outubro de 2022 [quando ocorrem novas eleições”, avalia Ramos. “Diante disso, penso que existem bandeiras que não pertencem à direita, à esquerda ou ao centro porque elas têm natureza civilizatória”.
“Elas não são nem do MBL (Movimento Brasil Livre, um dos organizadores do ato deste domingo) nem do PT [que não endossou a manifestação]. Eu já fui muito duramente atacado pelo MBL. E até por isso eu vou à Paulista, para que eles tenham o direito de me atacar e eu tenha o direito de contraditar os ataques democraticamente”, conclui o parlamentar.
Ramos esteve na sede do Comando de Operações da Polícia Militar de SP (Copom) no início da tarde deste domingo (12), ao lado do governador paulista João Doria (PSDB).