Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho (PRTB), afirmou que deixou o cargo de secretário da Susam (Secretaria de Estado de Saúde) porque cumpriu o planejamento de “dar um choque de ordem” nos primeiros 100 dias do governo de Wilson Lima.
Almeida Filho disse que a implementação da reforma administrativa, anunciada nesta quinta-feira, 28, dependia da reestruturação da Secretaria que, segundo ele, preparou “as bases para a organização” de dívidas que se acumularam nos últimos anos. “Tanto é que o governador sempre destacou a necessidade de que o número 2 de seu governo estivesse na Secretaria. Agora, na reforma, como ele já expressa em suas palavras, a necessidade de que essa mesma energia nós implementemos em toda as demais pastas. Daí a necessidade de eu ir à Casa Civil, mas sem deixar o cuidado e a necessidade de manter observação da Secretaria de Estado da Saúde”, afirmou.
O vice-governador disse que a mudança é também para ficar “mais próximo do governador” a fim de implementar a reforma administrativa. Carlos Almeida assumirá a Casa Civil, que antes era comandada por Leandro Benevides, e a Susam ficará com Rodrigo Tobias.
Almeida Filho disse que a Susam enfrenta problemas de gestão há 30 anos e o problema mais crítico envolve a organização dos fluxos de pagamento e o abastecimento das unidades de Saúde. “Tais medidas se encontram em andamento. A Central de Medicamentos passou de 11% para 50% de abastecimento e em poucos meses alcançará 100% de abastecimento dando a segurança necessária à população. Os fluxos e processos de pagamento se encontram transparente e se encontram em consonância com o nosso compromisso com a população e com os fornecedores, fazendo com que não haja burocracia para que haja seus pagamentos”, disse o secretário.
Filho afirmou que são necessárias mais reformas estruturais como a informatização, organização do modelo de prestação de serviço, a flexibilização da forma de trabalho através da contratação direta. “Tudo isso exige um envolvimento mais direto do governo, daí a necessidade do governador me ter mais próximo na Casa Civil”, afirmou.