Por Diogo Rocha, do ATUAL
MANAUS – Vereadores da CMM (Câmara Municipal de Manaus) criticaram, nesta segunda-feira (10), a permanência dos serviços do Cose (Centro de Operações em Segurança Escolar) – sistema de monitoramento remoto – pela prefeitura e cobraram a presença humana, como agentes de portaria, para prevenir e combater ataques em escolas públicas.
Uma indicação, do vereador Jander Lobato (PP), para a contratação imediata em caráter de urgência destes profissionais de segurança nas escolas municipais foi aprovada na sessão.
A maioria dos parlamentares que se inscreveu no pequeno expediente na CMM voltou a debater os riscos de ataques no ambiente escolar após o prefeito David Almeida (Avante) anunciar, na quarta-feira passada, que vai disponibilizar 350 agentes para realizar uma ronda municipal dentro das instituições de ensino administradas pelas Semed. Esta medida de segurança foi elogiada por vereadores tanto da base aliada quanto de oposição
O vereador Capitão Carpê Andrade (Republicanos) alertou que o serviço de videomonitoramento e o sistema de alarme do Cose, implantado em 2012, não são suficientes para evitar casos de violência nos colégios. Ele disse que fez várias indicações e requerimentos na CMM para a presença de policiais no ambiente escolar, mas os pedidos foram ignorados.
“Hoje nós temos, aproximadamente, 500 escolas municipais dentro da cidade de Manaus, onde atingimos milhares de crianças e adolescentes tanto na zona rural como na área urbana […] Esses lugares [escolas] são, infelizmente, propícios a cometimento de crimes”, disse Carpê, que também é policial militar.
“Tenho defendido veementemente a importância dos agentes dentro das escolas, a guarda municipal cada vez mais restruturada e a [criação de uma] ronda municipal escolar […] É sabido por todos que existe o Cose dentro das escolas, mas quero deixar bem claro que câmera de monitoramento não inibe e não evita o cometimento de crime”, completou Carpê.
O vereador Jaildo Oliveira (PCdoB) irá solicitar a vinda na CMM dos responsáveis pelo Cose para apresentar um plano de ação para a segurança nas escolas municipais. Ele fez um requerimento para a gestão do Centro de Operações esclarecer os serviços prestados para a Semed.
“Nós precisamos saber o que [o Cose] está fazendo. Porque, vereadores, sabemos que só câmeras não resolvem. Eu não colocaria um filho meu numa situação como essa. Tenho certeza de que ninguém colocaria. Nós temos que proteger nossas crianças”, afirmou Oliveira durante o pequeno expediente na Casa Legislativa.
“Não adianta a pessoa ficar monitorando em uma sala fechada com ar-condicionado e acontece o ato [atentado nas escolas]. Daí que vai acionar [a polícia e os agentes de segurança], já foi”, analisou.