Do ATUAL
MANAUS – O vereador João Carlos (Republicanos) apresentou projeto de lei para reconhecer Manaus e Seul, a capital da Coreia do Sul, como cidades-irmãs. A proposta, de nº 139/2023, foi a primeira deliberada nesta quarta-feira (17) na sessão da CMM (Câmara Municipal de Manaus) e encaminhada para análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O vereador Marcel Alexandre (Avante) subscreveu o projeto.
João Carlos propõe que Prefeitura de Manaus “firme acordos, convênios e outros programas de cooperação técnica entre as cidades”. Esse intercâmbio abrangerá “programas científicos, sociais, ambientais, culturais, esportivos e comerciais”. Segundo o vereador, a intenção é contribuir para o desenvolvimento econômico de Manaus e Seul.
O vereador cita que os gastos para estabelecer a relação diplomática com a capital sul-coreana serão por conta da Prefeitura de Manaus.
Na justificativa do PL nº 139/2023, João Carlos afirma que a “evolução sem precedentes na história da Coréia do Sul, em especial, nos últimos 50 anos” mostra que Manaus precisa aprender muito com Seul.
O parlamentar alega no texto da proposta que um dos principais fatores para que Manaus estreite laços com Seul é o “tratamento especial com que os coreanos lidam com a educação”.
Ao mesmo tempo que elogia a economia da Coreia do Sul, João Carlos critica a Zona Franca de Manaus onde está instalada a multinacional sul-coreana Samsung. Ele afirma que o modelo de incentivos fiscais no Amazonas não consegue “alavancar economicamente” a capital ao manter o “foco em montar produtos”. Algo que é ineficaz, segundo o vereador, que elogia a Coreia do Sul como potência econômica.
Fatores comuns
O DRI (Departamento de Relações Internacionais) do Centro Universitário Facens, em Sorocaba (SP), informa no seu site oficial que o “conceito das cidades-irmãs, também conhecidas na Europa como cidades gêmeas, surgiu com a intenção de incentivar a paz e cooperação entre diferentes culturas”.
E com o desenvolvimento dos países, as “cidades-irmãs passaram a ser utilizadas como uma forma de cooperação internacional no âmbito econômico, político e cultural”.
Ainda conforme o DRI da Facens, para que a irmandade entre duas cidades ocorra é necessário que “as cidades-irmãs tenham características similares como, por exemplo, densidade demográfica, extensão territorial”, além de outros fatores em comum como fatos históricos e culturais.