Da Redação
MANAUS – Neste ano, o Governo do Amazonas já pagou, em apenas quatro meses, R$ 203,8 milhões as 17 empresas médicas que atuam na rede estadual, valor atualizado nesta quarta-feira, 17, com base no Portal da Transparência. O montante é equivalente ao salário de dois meses e meio dos 21.234 servidores da própria Secretaria de Saúde (Susam), cuja folha mensal é R$ 85,3 milhões.
Somente duas empresas médicas, o Icea (Instituto de Cirurgia do Amazonas) e o Igoam (Instituto de Ginecologia e Obstetrícia do Amazonas) receberam, de janeiro a abril, R$ 46,5 milhões. As duas empresas têm 404 médicos, informam os institutos em seus sites: Igoam e Icea.
O Icea tem 170 médicos e recebeu, nos quatro primeiros meses, R$ 25,1 milhões. Já ao Igoam, que conta com 234 médicos associados, segundo o site da empresa, o Estado pagou R$ 21,4 milhões apenas de janeiro a abril.
O Icea foi fundado em 1994, como cooperativa, com quem o Estado terceirizou o serviço de cirurgias. O Igoam, segundo o site do Instituto, também foi criado em 1994. mas foi em 2002 que firmou o primeiro contrato com o Governo, para atuar na Maternidade Nazira Daou, à época recém inaugurada.
Apesar de receber esse montante, as empresas reclamam que não estão recebendo como combinado com o governo e ameaçam paralisar as atividades por falta de pagamento. Foi o que fez a Socceam – Cirurgia Cardiovascular do Amazonas. No dia 26 de junho, a empresa enviou um documento ao secretário da Susam, Rodrigo Tobias, cobrando o pagamento de dois meses de 2017, um mês de 2018 e os meses de abril e maio de 2019.
Na semana passada, a Susam informou que realizou o pagamento de abril a todas as empresas médicas e que o mês de maio ainda estava sendo processado, mas dentro do prazo de 45 dias, estabelecidos por lei.
Nesta quarta-feira, 16, as empresas médicas convocou uma entrevista coletiva para ” comunicar e dividir com a população do Estado, a preocupação de todos que trabalham e vivenciam diuturnamente as dificuldades na assistência aos pacientes bem como os prováveis acontecimentos trágicos que poderão ocorrer na área da saúde”, dizia o comunicado.
A entrevista foi cancelada e remarcada para esta quinta-feira, 17, às 16h. O ponto principal, no entanto, são os “atrasos sistemáticos de pagamentos o que pode resultar em mortes de adultos e crianças devido ao caos que se instalou na saúde”, diz a convocatória aos meios de comunicação.
Os representantes das empresa médicas falarão, ainda, de “possível suspensão de determinados serviços prestados pela categoria, com a decisão de alguns profissionais que estão manifestando interesse em deixar o Amazonas”.
Pente fino
A Susam informa que desde o início do ano, o governo vem organizando a área da saúde, com a contratualização e revisão dos serviços terceirizados. Em janeiro deste ano, dos 1.500 serviços fornecidos por empresas, 1.000 eram pagos de forma indenizatória, ou seja, sem contrato, com pagamentos feitos a partir do reconhecimento de dívidas.
Paralelo ao processo de contratualização, o governo também vem realizando auditorias, com o objetivo de cortar desperdícios.
Nos pagamentos mensais, a fiscalização mais criteriosa tem identificado inconsistências entre serviços apresentados por empresas médicas e os de fato prestados à população.
Olha a “farra” que a SUSAM faz com os médicos: valor hora pago a médico especialista: R$123,95. Para médico A: R$115,64 E para médico obstetra (IGOAM) R$106,41.
Desafio a qualquer um me contestar, com dados, estes valores.
A sua reportagem é tendenciosa e mal intencionado , vc nao so descreve o numero de socios das cooperativas o certo seria descrever o custo das horas trabalhadas pelos médicos das cooperativas e saber também a quantos médicos da susam equivale o trabalho deles.