Do ATUAL
MANAUS – A Unisa (Universidade Santo Amaro) divulgou nota na noite desta segunda-feira (18) informando que expulsou todos os estudantes de medicina da instituição que foram identificados praticando “atos execráveis, ao se exporem seminus e simularem atos de cunho sexual” durante uma partida de vôlei feminino.
Um vídeo com as imagens se tornaram “virais” neste fim de semana (sábado e domingo), quando foram divulgadas nas redes sociais. O episódio não é contemporâneo, e ocorreram na cidade de São Carlos, em abril deste ano, portanto fora das dependências da Unisa, de acordo com atlética da instituição.
Os alunos estavam assistindo ao jogo da seleção feminina da universidade contra o Centro Universitário São Camilo e como forma da celebração tiraram a roupa.
Em um dos vídeos divulgados, com baixa qualidade, é possível ver os estudantes correndo pela quadra. Em redes sociais, há comentários de que os estudantes estariam fazendo uma “masturbação coletiva”.
“Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento”, diz a nota da Unisa.
O ministro da Educação, Camilo Santana, se manifestou em uma rede social. “Determinei que o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), notificasse a Universidade de Santo Amaro (Unisa) para apurar quais as providências tomadas pela instituição em relação ao episódio que envolveu estudantes do curso de medicina durante partida de vôlei feminino que fazia parte das competições da Intermed, sob pena de abertura de procedimento de supervisão e adoção de medidas disciplinares. Repudio veementemente o ocorrido.”
O ministro disse, ainda, que “é inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade.”
O ministro das Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, que também é médico, considerou os atos como criminosos e pediu punição a todos os envolvidos.
“Importunação e assédio sexuais são crimes. Depois da mobilização da população e das ações do governo federal, seis assediadores estão expulsos da Unisa. Antes de mais nada, médico tem que ser especialista em gente: ter valores, respeito e responsabilidade. Chega de assédio e chega de impunidade.”, afirmou Padilha