Do ATUAL
MANAUS – O diretório nacional do União Brasil decidiu instituir um diretório provisório no Amazonas, depois que a diretoria liderada pelo ex-deputado Pauderney Avelino foi destituída por decisão judicial, na semana passada.
Em nota assinada pelo presidente Comissão Executiva Nacional, Luciano Bivar, o partido informa que vai cumprir todas as determinações do Tribunal de Justiça do Amazonas, o que justifica a decisão de criar um diretório provisório.
“O União Brasil reunirá seu diretório nacional o quanto antes a fim de constituir um diretório provisório para que possa legalmente, no Estado do Amazonas, responder pelas demandas administrativas, financeiras, tributárias e legais”, diz a nota.
A direção estadual diz, ainda, que “reconhece a o desempenho do diretório estadual extinto por decisão judicial e convida seus componentes, bem como todos os filiados para que, nesse período de transição, formulem o diretório provisório”.
Bivar finaliza a nota informando que a direção nacional não interfere nas decisões locais e “estatutariamente segue os ditames de seus diversos diretórios, quer sejam provisórios ou definitivos.
Entenda o caso
No dia 26 de abril, o então presidente estadual do União Brasil no Amazonas, Pauderney Avelino, realizou convenção da legenda, que elegeu a nova diretoria, mantendo o então dirigente no cargo.
Pauderney estava como presidente provisório da Comissão Instituidora do União Brasil, que nasceu da fusão do Democratas com o PSL, em 2022. Com a eleição realizada no dia 26, a Comissão Instituidora passou a ser Comissão Executiva Estadual.
Um grupo de parlamentares e o governador Wilson Lima, todos filiados ao União Brasil, discordaram do que consideram uma manobra de Pauderney e recorreram à Justiça sob a alegação de que ele descumpriu etapas estabelecidas no estatuto do partido para a realização da convenção para a escolha da diretoria.
No dia 17 deste mês, o juiz José Renier da Silva Guimarães, da Comarca de Manaus, atendeu o pedido do grupo e derrubou a recondução do ex-deputado ao cargo. O magistrado suspendeu, inclusive, o acesso de Pauderney às contas bancárias do partido.
No mesmo dia, o governador Wilson Lima exonerou Pauderney do cargo de secretário de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação. O decreto, no entanto, está datado de 16 de maio (terça-feira), mesmo dia em que o grupo de Wilson Lima entrou na justiça para retirar o político do cargo.
Pauderney recorreu da decisão, mas no dia 19 passado, a desembargadora Socorro Guedes, do Tribunal de Justiça do Amazonas, rejeitou o recurso e manteve a decisão do juiz que o destituiu do cargo.