Da Redação
MANAUS – A partir de outubro, turistas poderão passar apenas 20 minutos com botos em plataformas de interação no Amazonas. A presença dos visitantes será limitada a 80 pessoas por dia e a restrição é para reduzir o impacto ambiental aos animais.
S novos critérios constam nas Normas e Procedimentos para Emissão de Autorização de Entrada nas Unidades de Conservação Municipal e Estadual apresentadas pela Sema (Secretaria do Meio Ambiente) a Amazonastur (Empresa Amazonense de Turismo).
Segundo Kleber Bechara, técnico da Sema, a novidade do ordenamento será a instalação de câmeras para o monitoramento da atividade. “Esta ação foi uma demanda das comunidades. Um exemplo de interação comunitária”, disse. “Esperamos resultados positivos, pois corrigimos distorções e prejuízos pela falta de ordenamento. Temos a garantia de uma sustentabilidade econômica dessas comunidades”.
O ordenamento das atividades com botos prevê ainda consultoria para processos de interação lúdica e melhorias arquitetônicas, instalação de estação para tratamento de efluentes, programa de estímulo de pesca para a alimentação dos animais e a separação da experiência entre observação e interação. A intenção é que o plano entre em vigor no prazo de 90 dias.
A regulamentação inclui visita guiada, valores a serem pagos às tribos indígenas e as normas a serem seguidas, entre elas, a necessidade de possuir o Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), além da autorização do gestor da comunidade, conhecido na tribo como tuxaua.
Para o acesso a todas as Unidades de Conservação (UCs) haverá a necessidade de um cadastro prévio de todos os usuários do serviço. Esta etapa será gerenciada pela Amazonastur, que disponibilizará formulário on-line para o trade turístico e toda a população amazonense, para a realização dos cadastros e o controle dos acessos, cujo objetivo é a redução dos impactos ambientais.
De acordo com a diretora do Departamento de Turismo, Denise Bezerra, este conjunto de normas, além de coibir os prestadores de serviços informais, beneficiará o turismo sustentável das comunidades. “Com o ordenamento das atividades turísticas indígenas, podemos ofertar um produto de qualidade aos nossos visitantes”, disse.