Por Maria Derzi, da Redação
MANAUS – Um vazamento na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Educandos, na zona sul de Manaus, tem causado transtornos aos moradores da área e poluição no Rio Negro. A tubulação da ETE, na orla do Igarapé de Educandos, nas proximidades da Escola Estadual Estelita Tapajós, está danificada. Os dejetos são despejados no rio.
Moradores disseram que o duto estourou há um mês, mas só ficou visível com a vazante do rio. Os dejetos causam um forte odor. Os moradores reclamam que, apesar da situação se agravar a cada dia, não houve nenhuma ação para sanar o despejo de águas sem tratamento no rio, que pode causar mal-estar e danos ambientais.
No último fim de semana, Valter Calheiros, representante do movimento SOS Encontro das Águas, visitou o local e fez um registro fotográfico do dano que o rompimento da tubulação causa ao Rio Negro e à população que vive próximo à estação de tratamento de esgoto da Manaus Ambiental. As imagens foram cedidas ao AMAZONAS ATUAL e enviadas ao presidente da Comissão de Meio Ambienta da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Luiz Castro (Rede).
Nesta quarta-feira, 19, a situação foi denunciada no plenário da Assembleia Legislativa. O Luiz Castro alertou que a concessionária Manaus Ambiental ainda não fez nenhum reparo na estrutura, que está causando transtornos à população. “Essa ETE recebe a coleta de esgoto de toda região do Educandos e acumula um material apodrecido, fétido, e que está causando um desconforto enorme à população que mora naquela região, além dos prejuízos ao meio ambiente. Temos uma grave questão ambiental, mas uma gravíssima questão de saúde, porque ao respirar esse ar totalmente poluído, um verdadeiro esgoto a céu aberto, as pessoas estão colocando em risco suas saúdes. Crianças, idosos, jovens, mulheres e homens que estão sofrendo sem que a Manaus Ambiental faça o mínimo esforço para consertar”, disse Luiz Castro.
O deputado disse que a situação já foi denunciada aos órgãos ambientais do Estado e do município – Semsa (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) e Arsam (Agência Reguladora de Serviços do Amazonas) para que tomem providências e garantam que a Manaus Ambiental faça a recuperação da estrutura.