Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – O TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) rejeitou seis dos 11 itens alegados pelos advogados de defesa no processo que pode cassar o mandato do deputado estadual Platiny Soares (PSL). Um deles, que pede arquivamento da ação por perda de objeto, foi rejeitado por humanidade. A decisão sobre o caso foi novamente adiada nesta quarta-feira, 14, com pedido de vista do juiz eleitoral Marco Antônio. Essa é a terceira vez que o processo sai da pauta de julgamento.
Na ação, movida pelo MPE (Ministério Público Eleitoral), Platiny é acusado de ter sido beneficiado nas eleições de 2014 com a utilização da máquina administrativa pelo ex-governador José Melo de Oliveira, que se reelegeu. Conforme o MPE, Melo usou politicamente a Polícia Militar favorecendo a eleição de Platiny, então aliado do ex-governador.
Marco Antônio pediu vista no processo para analisar um dos 11 itens que estão em discussão. O juiz quer avaliar argumento da defesa sobre aquisição irregular de provas. Entre os itens rejeitados estão o cerceamento de defesa de uma testemunha e a realização de novo depoimento.
Como possível favorecido na eleição, Platiny foi incluído em novo processo que pede a cassação do ex-governador, já cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em maio do ano passado, por compra de votos. Os advogados de Melo alegam que a nova ação perdeu o objeto, uma vez que o ex-governador já perdeu o mandato. A tese também foi rejeitada.
Na época, o MPE apurou que mudanças na cúpula da Polícia Militar do Estado havia despertado preocupação devido ao período eleitoral. O MPE requisitou, inclusive, tropas federais para Manaus. Em 2014, durante greve de policiais militares, o governo Melo também não puniu ninguém.