Da Folhapress
SÃO PAULO – O técnico do Figueirense, Elano, disse que os torcedores que invadiram o gramado do estádio Orlando Scarpelli no último sábado, 5, estavam armados.
O time do Figueirense estava treinando quando torcedores quebraram o portão do estádio, adentraram nas dependências e teriam agredido funcionários.
“Pessoas entraram no nosso ambiente de trabalho armadas, com garrafas, com armas de fogo. Poderia ter acontecido uma tragédia muito pior. Nós, que amamos o futebol, sentimos muito”, disse ao programa “Bem, Amigos!” do SporTV, na noite deste desta segunda, 7.
A invasão ocorreu em protesto contra a derrota do time para o Paraná por 1 a 0, pela Série B do Campeonato Brasileiro, na sexta-feira, 4. Foi a terceira partida do ex-jogador como técnico do clube de Santa Catarina -ele segue sem vencer no time.
Até agora, o time de Santa Catarina tem apenas uma vitória e ocupa a 17ª colocação da tabela.
“(Foi) uma tristeza muito grande. Lamentável uma invasão no nosso campo, onde tivemos jogadores agredidos. Um prejuízo mental muito grande para os atletas. Estamos aqui em Cuiabá para um jogo difícil, cientes das obrigações e triste pelo que vem acontecendo. Mas não dá para compactuar”, completou o técnico.
Elano pediu uma união no esporte para que o ato não aconteça novamente em outros clubes.
“É lamentável que isso aconteça de novo com o nosso futebol. Já passou da hora de nós nos unirmos contra essas situações. Porque hoje foi com o Figueirense, mas a gente sabe que pode acontecer com qualquer um”, afirmou ele.
A polícia foi acionada, mas chegou após a dispersão dos torcedores.
POSICIONAMENTO DO CLUBE
O Figueirense emitiu uma nota repudiando “veementemente os lamentáveis fatos ocorridos na tarde de hoje no Estádio Orlando Scarpelli”.
O clube disse que os “resultados esportivos ou problemas administrativos de qualquer natureza não justificam qualquer tipo de atitude que ameace a integridade física dos atletas e profissionais de comissão técnica”. O time ainda afirmou que vai “procurar as autoridades competentes, para que medidas enérgicas sejam tomadas”.