Por Pepita Ortega e Fausto Macedo, do Estadão Conteúdo
RIO DE JANEIRO – O deputado Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão e conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, chegaram em Brasília na tarde de domingo (24) e foram levados para a penitenciária federal. Eles tiveram mandado de prisão decretados pelo ministro Alexande de Moraes, do DTF (Supremo Tribunal Federal).
Além de decretar a prisão dos irmãos Brazão e do ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas dos suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O vice-procurador-geral da República Hindenburgo Chateaubriand Filho, sugeriu uma ‘reparação mínima’ para nortear a constrição: R$ 3 milhões por vítima.
Assim, de acordo com a PGR, a ordem de bloqueio de bens nas contas dos investigados teria o limite de R$ 9 milhões – considerando a vereadora Marielle Franco, o motorista Anderson Gomes e a assessora Fernanda Gonçalves Chaves (que sobreviveu ao ataque). O valor de aresto foi sugerido a cada um dos investigados. A Polícia Federal também requereu a medida, mas sem fixar um valor.
A ordem foi imposta a outros alvos da Operação Murder Inc., aberta neste domingo, não só Domingos e Chiquinho Brazão, (deputado e conselheiro do TCE, respectivamente) e Rivaldo Barbosa. Atingiu também Erika Andrade Almeida Araújo, esposa de Rivaldo; Giniton Lages, delegado de Polícia Civil e ex-chefe do departamento de homicídios do Rio; e Marco Antônio Barros, comissário de Polícia Civil do Rio.
Ao requerer o bloqueio, a PGR classificou a medida como ‘indispensável’ para garantir o pagamento de eventual indenização às famílias das vítimas do crime planejado pelos Brazão e por Barbosa.
“Os autos tratam de três crimes de homicídio, dois consumados e um tentado, razão pela qual o Ministério Público Federal buscará, por meio de futura ação penal, promover a reparação dos danos morais e materiais causados à vítima sobrevivente e aos familiares dos ofendidos”, informou a PGR.