Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS – O Tribunal Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) aumentou, nesta quinta-feira (19), o período de suspensão de dirigentes do Amazonas FC em razão das agressões contra integrantes do Paysandu (PA) na partida realizada no último dia 9 de setembro, pela Série C do Brasileirão, em Manaus.
O colegiado aumentou de 105 dias para 190 dias o período de suspensão do presidente do clube, Wesley Couto, e de R$ 5 mil para R$ 50 mil a multa aplicada ao dirigente. O STJD também majorou a suspensão do gerente de futebol do clube, Frank Bernardo, de 60 para 100 dias.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira (19) no julgamento de um recurso apresentado pela Procuradoria de Justiça do STJD, que discordou da punição fixada pela 3ª Comissão Disciplinar do STJD no mês passado.
A procuradoria queria a punição dos clubes, que recentemente foram classificados para a série B do Brasileirão, mas o auditor considerou que “houve a identificação de todos os participantes da confusão generalizada”.
Ao aumentar a punição aos dirigentes, o auditor Maurício Neves Fonseca classificou a conduta de Wesley e Frank de “bárbaras e graves”.
“As ações perpetradas pelos Srs. Francisco Wesley Couto e Marques Frank Bernardo, presidente e gerente de Futebol do Amazonas Futebol Clube, respectivamente, são bárbaras e graves, merecem uma punição rígida e severa a fim de inibir e desestimular a praticas dessa natureza”, disse Fonseca.
A punição aplicada a Wesley Couto refere-se à soma de três infrações: ameaça, agressão física e conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva.
Maurício Neves Fonseca considerou que Wesley “desferiu um soco no atleta da equipe adversária, Sr. Naylhor Bispo de Souza Junior, que precisou de atendimento médico em razão de fratura no nariz e sangramento intenso na região do nariz e boca”.
O auditor também afirmou que o presidente do Amazonas FC “tentou invadir o vestiário da arbitragem, mediante o emprego de chutes e socos na porta”, seguido de xingamentos.
Em relação a Frank, Fonseca considerou que ele desferiu um soco no preparador físico do Paysandu Thomaz Lucena.
“Ora, espera-se de um dirigente de um clube de futebol uma conduta exemplar e uma postura ética, jamais agressões físicas perpetradas contra um atleta, tampouco ameaças e desrespeito a equipe de arbitragem”, afirmou o auditor.
Veja a decisão: