O sócio-torcedor está começando a mostrar para que serve. Os sócios entram com a mensalidade e passam a ter vez e voz no clube do seu coração. Não precisa CPI nem Ministério Público para que as relações entre a torcida e a diretoria do seu clube se harmonizem. O grande harmonizador será cada vez mais conhecido e ele sempre foi de muito bom entendimento. O nome dele é Mercado, isso mesmo, o mesmo que exige que produtor e consumidor apaixonem-se ou tomem o caminho do divórcio.
O amor entre torcedor e diretoria do Flamengo parece estar em alta. O meu Mengão conseguiu um superávit de R$ 80 milhões no seu balanço anual e isso foi bastante comemorado por torcedores de todos os clubes e todas as emissoras.
Imaginem! O Flamengo sendo o único dos grandes com superávit. Então, é possível!
O futebol tem disso.
O Flamengo, com crédito junto à torcida, já contratou o Paolo Guerrero. A torcida exigiu e aumentou o número de sócios-torcedores. Se não fizerem como os “sócios” querem, os sócios deixam de pagar e o time desaba. O Mengão está na lanterna e a torcida acenou com o dinheiro para as contratações. O Flamengo está com o Robinho na mão. Gol da torcida. Contratação de qualidade, sócio-torcedor de qualidade em quantidade e futebol que o povo gosta é o resultado deste ótimo exemplo do Grande Flamengo.
Vamos falar do “resto”. E que resto.
A Suíça, lugar onde os “experts” depositam suas danações, recebeu uma ordem do FBI, polícia política e americana, e defenestrou um punhado de vigários do futebol mundial. Ninguém chiou porque todos sabem quem são.
O Blatter aprendeu tudo de bom e ruim com o nosso Havelange. Só fez o que estava no péssimo. Crise no futebol mundial com abertura para uma grande mudança das estruturas. A obstrução da reeleição é uma experiência jamais sentida na Fifa, e certamente estenderá o modelo para suas confederações, federações e clubes. Entre o debochado Platini e o espetacular Franz Beckenbauer, o mundo não terá muita dificuldade em escolher o exemplar Kaiser.
Vamos juntar os farrapos da verde-amarela e torcer com reuniões, foguetes e abraços para que a Copa América venha para o Brasil. Os nossos timecos estão parando diante de peruanos, venezuelanos e paraguaios. Nem pensar em argentinos e uruguaios. Esses são do primeiríssimo nível do futebol sul-americano. Somos do terceiro e com muito orgulho. Nossos treinadores, Dunga incluído, estão no porão do futebol mundial.
Vamos torcer!
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Roberto Caminha Filho, economista e nacionalino, vai mandar cigarrilhas para o Blatter e Marin.