Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS – Com mais seis casos confirmados nesta quarta-feira (21), chega a 81 o número de pessoas diagnosticadas com a Monkeypox, doença mais conhecida como varíola dos macacos, no Amazonas. A FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde) informou que investiga 41 casos suspeitos e que até o momento já descartou 101 notificações.
De acordo com a FVS, os novos casos são cinco homens e uma mulher, com idades entre 25 e 40 anos, todos residentes em Manaus. Eles relataram que começaram a sentir os sintomas entre os dias 2 e 12 deste mês, sendo os principais a febre, dor de cabeça, bolhas na pele, tosse, fraqueza e inchaço no pênis. Não precisaram ser internados.
Até o momento, 78 (96%) infectados são homens e três (4%) são mulheres. A FVS observou que 54% dos casos confirmados tiveram contato íntimo, incluindo sexual, com desconhecidos e ou parceiros casuais ou múltiplas, nos últimos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas. Os dados desta quarta-feira podem ser consultados aqui.
Transmissão
De acordo com o Ministério da Saúde, a principal forma de transmissão da monkeypox ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.
Ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele, fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões) de uma pessoa infectada. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.
A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.
Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos, pessoas com maior risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas.
Saiba mais sobre a doença clicando aqui.
Evitar o contato íntimo ou parcerias sexuais desconhecidas é uma das recomendações da FVS para se prevenir da doença, assim como evitar beijar, abraçar, ou fazer sexo com alguém com Monkeypox. No caso de sintomas da doença, deve-se avisar as pessoas com quem se teve relação sexual nos últimos 21 dias.
A FVS também orienta que as pessoas diagnosticadas com Monkeypox devem utilizar máscara e roupas cobrindo as lesões; higienizar as mãos frequentemente; não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, roupas ou roupas de cama; e buscar um serviço de saúde nos casos de aparecimento de lesões (bolhas) ou feridas.
O atendimento inicial deve ser realizado, preferencialmente, nas unidades básicas de saúde da atenção primária, indicando-se internação hospitalar para os casos que apresentem sinais de gravidade. Os sinais e sintomas incluem dor de cabeça, febre, calafrios, dor de garganta, malestar, fadiga, lesões maculopapulares na pele e linfadenopatia.
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