Da Redação
MANAUS – O Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) apelou ao MP-AM (Ministério Público do Amazonas) para tentar adiar o retorno das atividades presenciais das escolas públicas do Amazonas. O sindicato alega que grande parte dos profissionais da educação, alunos e responsáveis ainda “não sentem segurança” para retornar devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, disse que o sindicato orienta as secretarias a seguir a observação feita por pesquisadores da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), considerando os dados da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde), e aguardem “um pouco mais” e “observem o comportamento do vírus nos próximos 30 dias”.
“A partir daí, (as secretarias devem) construir com todos os atores envolvidos o retorno com segurança. Em um caso como este que vivemos, a prevenção e a precaução são a melhor saída”, disse Ana Cristina Rodrigues, através de mensagem enviada à reportagem do ATUAL.
De acordo com o sindicato, em live na noite de quinta-feira, 9, pesquisadores da Ufam defenderam retardar o reinício das aulas presenciais como forma de evitar uma terceira onda. Embora o número de casos em Manaus tenha reduzido, no interior do estado, o número de casos de Covid-19 continua em ascensão.
Nesta sexta-feira, 10, em publicação nas redes sociais, o Sinteam informou que pediu ao MP-AM para que intervenha junto às secretarias de Educação estadual e municipal para adiar o retorno das aulas presenciais previstas para iniciar no final deste mês. Também pediu para que o órgão ministerial intervenha para garantir o cumprimento de protocolos de segurança de proteção.
O sindicato informou que a Seduc ainda não respondeu ao pedido de reunião com o sindicato e nem encaminhou a minuta do plano de biossegurança para ser debatido e divulgado entre a categoria. O Sinteam afirma que tem intenção de primar pela saúde dos alunos e trabalhadores em educação na retomada das atividades presenciais.
No documento enviado ao MP-AM, o sindicato alega que grande parte dos profissionais da educação, alunos e responsáveis não estão de acordo com o retorno das aulas presenciais, pois ainda não sentem segurança.
A reportagem solicitou o posicionamento da Seduc, mas até o fechamento desta matéria nenhuma resposta foi enviada.