
Por Milton Almeida, do ATUAL
MANAUS – Sindicatos de 15 categorias de trabalhadores do Amazonas e mais quatro movimentos sociais fizeram uma manifestação no Centro Histórico de Manaus para reivindicar o fim da jornada de trabalho 6X1 e respeito aos direitos dos trabalhadores, nesta manhã do 1° de Maio em comemoração do Dia do Trabalhador.
Nas esquinas das avenidas Eduardo Ribeiro e 7 de Setembro, os manifestantes chamaram a atenção com bandeiras e faixas, de funcionários de lojas e de pessoas que passavam para a importância do descanso nas atividades e para a valorização dos trabalhadores.
“O 1° de Maio é um dia para que o trabalhador reflita sobre pautas trabalhistas que foram conquistadas e sobre pautas que prejudicam a classe trabalhadora. No Amazonas, entendemos que a jornada 6X1 é uma escravidão da classe trabalhadora. O trabalhador precisa de tempo para a família.
Os manifestantes também se posicionaram contra a anistia para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e para os que ainda estão sendo julgados por tentativa de golpe. “Eles devem ser julgados e devem cumprir a pena se forem condenados “, diz Walter Matos, diretor geral do Sindsep-Am (Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas) e coordenador do ato, no Centro.
A manifestação teve o apoio do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), que, embora, trabalham na escala 5X2, mas reconhecem que o descanso do trabalhador deve ser respeitado.
“Neste dia, é importante refletir e chamar a atenção da sociedade e dizer que o 1° de Maio é o dia da pessoa que produz a existência de produtos, da coletividade que produz serviços à sociedade. E dizer também que o trabalho não pode ser uma prisão para o trabalhador, e, portanto, o direito ao descanso deve ser respeitado, para que tenhamos tempo para a família e melhores condições para desenvolver nossas atividades “, diz Eliseanne Silva, coordenadora geral do Sinasefe-AM.
Os movimentos sociais que aderiram ao ato, reivindicavam respeito aos trabalhadores jovens com mais oportunidades de trabalho, mais capacitação e segurança nas escolas da periferia de Manaus.
“Pedimos mais segurança para os nossos filhos e os jovens da cidade. Alguns jovens morrem quando vão ou voltam da escola ou do trabalho. Então, queremos mais segurança em nossos bairros. Meu filho foi vítima da violência quando ia à escola “, diz Ione Silva, representante do MLTI (Movimento de Lutas dos Trabalhadores Independentes).
A manifestação durou três horas e o trânsito nas avenidas não foi comprometido, mas não houve incidentes.