Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – O Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) rejeitou, nesta quarta-feira, 27, o reajuste salarial de 3,93 % proposto pela Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas). Mais de mil trabalhadores participaram da assembleia geral, que aprovou também paralisar as atividades na próxima terça-feira, 2 de abril, caso não haja uma resposta positiva até segunda-feira, 1°.
A diretoria do sindicato vai comunicar formalmente a decisão à Seduc nesta quinta-feira, 28. “Nós mantivemos nossa proposta de 15% de reajuste e vamos dar continuidade às negociações”, afirmou a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.
Além dos 15% de aumento, o sindicato reivindica atendimento para os trabalhadores no interior, de acordo com o contrato entre Seduc e Hapvida; ampliar o atendimento da Hapvida para os aposentados; segurança nas escolas das redes estadual e municipal; auxílio-localidade; cobrar da Seduc os valores e aprovação do benefício; auxílio alimentação por turno; auxílio transporte para todos sem o desconto de 6%; enquadramento horizontal automático – reduzir de 4 para 3 anos e enquadramento vertical imediato.
De acordo Ana Cristina Rodrigues, há uma defasagem salarial de 4%. Entretanto, durante quatro anos, de 2015 a 2018, não houve o reajuste na data-base, havendo a perda do poder de compra em 12%. “Baseado nisso, nós estamos pedindo um ganho real para a secretaria em função de nós não termos tido em tempo hábil as datas-bases dos anos anteriores. Com a greve de 2018, nós tivemos o reajuste pago, entretanto, não de acordo com o poder aquisitivo de compra. Nós não tivemos ganho real, somente a reposição de data-base, que foi fruto da greve.”, disse.
Interior
Eirunepé, Parintins e Humaitá também rejeitaram a contraproposta do governo. Até sexta-feira, outros municípios realizam reunião para discutir a data-base com os associados do Sinteam.
Semed
A diretoria do sindicato também vai encaminhar a pauta de reivindicações para a Semed. A data-base da rede municipal é 1° de maio.
Na pauta está o reajuste de 15%, cumprimento do HTP, aumento do vale-alimentação, pagamento imediato da carga dobrada, enquadramento imediato, entre outras reivindicações.
Asprom Sindical
No último dia 16, a Asprom Sindical (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus), sindicato paralelo dos professores, também rejeitou a proposta do governo e anunciou paralisação de advertência para esta quinta-feira, 28.
Segundo o coordenador financeiro do sindicato, Lambert Melo, a proposta é 15% de reajuste, sendo 5% referentes à inflação e 10% baseados no que a categoria acredita que deve ser o ganho real dos trabalhadores. A manifestação está programada para começar às 8h30, na sede do Governo do Estado, localizado na Av. Brasil, bairro Compensa. Em seguida, eles pretendem ir até o Palácio do Governo e tentar falar diretamente com o governador Wilson Lima.
“Com essa paralisação nós estamos tentando abrir diálogo com o governador do estado para ver se ele consegue fazer uma proposta melhor.”, disse Lambert.