Da Redação
MANAUS – O serviço público e serviços sociais concentraram as vagas de trabalho no Amazonas no segundo trimestre de 2020. Foram 307 mil pessoas com carteira assinada trabalhando nesses segmentos, segundo a Panad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta sexta-feira, 28.
A agropecuária (agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura) empregou 300 mil pessoas. Em terceiro lugar aparece o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas com 274 mil pessoas. No quarto lugar ficou a indústria, com 147 mil pessoas ocupadas.
Em relação ao trimestre anterior, houve decréscimo no número de pessoas ocupadas em quase todos grupamentos de atividade. Os destaques ficam por conta do comércio, com 274 mil pessoas ocupadas – antes eram 316 mil –, e para a indústria geral, com redução de 178 mil para 147 mil pessoas.
A taxa de desocupação alcançou 16,5% da população em idade de trabalhar (14 anos ou mais), ou seja, sofreu alta de 2,0 pontos percentuais, no segundo trimestre de 2020, pois, no primeiro trimestre deste ano foi registrado 14,5%. No trimestre de abril a junho de 2020, comparado ao mesmo período de 2019, o Amazonas registrou alta ainda maior, de 2,6 p.p. no percentual de desocupação.
No 2º trimestre de 2020, o número de pessoas de 14 anos ou mais no Estado do Amazonas foi estimado em 3,13 milhões de pessoas. Dessas, 1,76 milhão de pessoas estavam na força de trabalho. Parte era de pessoas ocupadas (1,48 milhão de pessoas) outra parte, de pessoas desocupadas (291 mil pessoas). Dos 3,13 milhões de pessoas de 14 anos ou mais, 1,36 milhão estavam fora da força de trabalho.
No segundo trimestre de 2020, o Nível de Ocupação no Estado do Amazonas era de 47,2% da população, 6,4 pontos percentuais mais baixo do que o registrado no primeiro trimestre de 2020 (53,6%). E na comparação entre o segundo trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado, o Nível de Ocupação caiu ainda mais, pois, em 2019, o percentual era de 54,5%, ou seja, sofreu queda de 7,4 pontos percentuais.
No segundo trimestre de 2020, a Taxa de participação no mercado de trabalho foi de 56,5%, com queda de 6,2 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2019. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a Taxa foi de 63,3%, o segundo trimestre deste ano apresentou resultado 6,8 p.p. inferior.
As maiores taxas de informalidade, relacionando os Estados, foram as do Pará (56,4%), Maranhão (55,6%) e Amazonas (55,0%). Enquanto Santa Catarina (25,8%), Distrito Federal (26%) e São Paulo (28,6%) apresentaram as menores taxas de informalidade. A taxa de 55,0% do Amazonas do segundo trimestre foi 3,9 p.p. abaixo da registrada no primeiro trimestre de 2020 (58,9%).
Desalentados
O número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego, no Amazonas, foi de 151 mil pessoas, no segundo trimestre, com alta de 41,7% em relação ao trimestre anterior. O maior contingente estava na Bahia (849 mil).
O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo trimestre foi de 11,1%, aumento de 1,7 p.p. na comparação com o primeiro trimestre de 2020. Maranhão (21,6%) e Alagoas (20,7%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (1,4%) e Distrito Federal (1,2%), os menores.