MANAUS – A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) começou na última segunda-feira, 9, um novo Levantamento do Índice Rápido para o Aedes Aegypti (LIRAa). A estratégia, que será executada em um período estimado de dez a 15 dias, consiste em um método de amostragem simples que visa facilitar a obtenção de informações sobre o índice de infestação pelo mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, da Febre Chikungunya e da Febre Zika.
O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, informou que os profissionais de saúde devem visitar mais de 27 mil imóveis em todos os bairros de Manaus, envolvendo uma equipe de aproximadamente 300 servidores, entre agentes de controle de endemias, supervisores, coordenadores e demais profissionais da Semsa.
“O trabalho é baseado na realização de visita domiciliar, buscando identificar as larvas do mosquito, eliminar e tratar os potenciais criadouros. Os agentes de endemias também irão realizar ações de Educação em Saúde para orientar a população quanto aos sinais e sintomas das doenças, e sobre as formas de prevenção para minimizar os riscos e combater os focos propícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor”, explicou Homero de Miranda Leão.
A partir dos resultados do LIRAa, a Prefeitura de Manaus também poderá traçar um panorama da situação da dengue nos bairros da cidade, servindo para que os gestores possam elaborar com mais precisão as medidas de prevenção, combate e controle da doença, já que o levantamento indica os locais com mais criadouros do mosquito.
De acordo com a gerente de Vigilância Ambiental da Semsa, Alinne Antolini, o LIRAa realizado no mês de janeiro deste ano apontou que Manaus permanece em médio risco para doenças transmitidas por esse mosquito, com um índice de 3,5. “É um índice que mantém Manaus em alerta para o controle do mosquito. E a população deve ficar atenta principalmente aos tipos de depósitos que, segundo o resultado do último LIRAa, mais contribuem para a proliferação do Aedes aegypti na cidade, e que são aqueles de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões, seguidos de lixo acumulado nos quintais”, alertou Aline Antolini.
Casos
No período de janeiro a outubro deste ano, a Semsa notificou 2.847 casos de dengue, uma redução de 27,6% em relação ao mesmo período de 2014. “A redução de casos de dengue é importante, mas é importante lembrar que o Aedes pode transmitir quatro sorotipos de dengue e também o vírus chikungunya e o Zika V, doenças virais com sintomas parecidos que devem ser diferenciadas através do diagnóstico clínico epidemiológico realizado pelo profissional de saúde habilitado. Aparecendo qualquer sintoma suspeito, é importante buscar uma Unidade Básica de Saúde para diagnóstico, tratamento e exames”, orientou a gerente.
A Semsa também registrou este ano a notificação de 146 casos de chikungunya, tendo a confirmação de 14 casos, onde cinco são autóctones e os demais “importados” (pessoas que contraíram a doença em outros locais). Em 2014, foram 26 casos notificados, tendo a confirmação de seis casos e todos “importados”.
(Da Semsa)