Balanço financeiro divulgado pela Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) contraria o argumento do governador do Amazonas, José Melo (PROS), da falta de dinheiro devido à queda na arrecadação de impostos. Essa foi a principal justificativa para implementar cortes na saúde e educação, este ano. Conforme a Sefaz, o governo manteve a saúde financeira com repasses de recursos federais como o Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica). Com despesas obrigatórias foram gastos R$ 5 bilhões em junho. Foram R$ 2,4 bilhões com a folha de pessoal, R$ 1,3 bilhão para manutenção, R$ 555,3 aos poderes egislativo e Judiciário, R$ 337 milhões para pagar a dívida pública e R$ 227,3 milhões para investimentos.
Receita ainda em baixa
O secretário de Fazenda, Afonso Lobo, confirmou a saúde financeira do Estado, mesmo com queda de receita. No acumulado dos seis meses deste ano, a queda foi de 6,75% em relação ao mesmo período de 2015. Foram R$ 3,8 bilhões em 2016 contra R$ 4,1 bilhões, no ano passado. Junho, com R$ 612 milhões, foi o mês de pior desempenho no ano e em comparação aos últimos três anos: R$ 642,5 milhões em 2015, R$ 689,1 milhões em 2014 e R$ 648,9 milhões, em 2013.