Da Redação
MANAUS – O secretário de Educação do Amazonas, Luiz Castro, anunciou que, por impedimento legal, o governo não pode conceder reajuste salarial além dos 3,93% proposto aos professores. A decisão foi apresentada em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 2, após paralisação das aulas e manifestação da categoria em frente à sede do Governo do Amazonas, no início da tarde, na zona oeste de Manaus. O Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) recusou os 3,93% e reivindica 15%. Segundo Luiz Castro, o percentual somado à progressão serão retroativos a março, data-base dos trabalhadores da Educação.
Luiz Castro disse que esse percentual esbarra em exigência legal e apela aos professores para encerrar a greve. “Não adianta prejudicar os alunos diante de um único ponto em que não há um entendimento. Em todos os outros aspectos, nós estamos dispostos a dialogar como temos conversado”, disse. “Apelamos aos professores para que conscientemente nos ajudem nesse diálogo e não permitam que os alunos sejam prejudicados”, afirmou.
Segundo o secretário, não há uma divergência, “há uma dificuldade legal, um empecilho legal, uma inviabilidade de ir além por uma questão jurídica e não por uma questão política” devido a exigências da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Ele disse que apenas o Amazonas concedeu reajuste com ganho real. “Foram 9,38%, depois 3,83% e 2% da progressão horizontal, fora os professores que vão receber por titularidade”, disse.
Indicadores ruins
Castro disse que o “Amazonas já tem indicadores péssimos do Ideb no ensino médio, indicadores medíocres no ensino fundamental e nós não podemos envergonhar o Amazonas, precisamos levantar os indicadores”. O secretário anunciou a convocação de concursados. “Estamos prestes a iniciar a convocação de concursados na medida da necessidade da Seduc”, disse. O governo acenou positivamente para as progressões horizontais (por titularidade), não respeitadas desde 2013, com um adicional de 12% a 50% para mais de 2 mil servidores; progressões verticais (por tempo de serviço), com um ganho real adicional de 2% para cerca de 21 mil profissionais, segundo a Seduc.
Na tarde desta terça, uma comissão de professores foi recebida pelo governador em exercício Carlos Almeida Filho, que é Chefe da Casal, durante manifestação em frente à sede do governo. Não houve acordo e um novo encontro foi agendado para sexta-feira, 5.
Trabalhadores de 17 municípios paralisaram as aulas nesta terça. Em Manaus, foram 34 estabelecimentos sem atividades nas escolas
Escolas paralisadas até às 10h30:
1. Isaac Swerner
2. Roderick C. Branco
3. Manuel Rodrigues
4. Padre Luiz Ruas
5. Áurea Pinheiro Braga CMPM IV
6. E.E Aristóteles Comte de Alencar
7. Cinthia Regia
8. Benedito Almeida
9. Maria Teixeira Góes.
10. Cacilda Braule Pinto
11. Antônio Mauriti
12. Antonio Nunez Jimenez
13. Ernesto Penafort
14. Demóstenes Balduque
15. Cleómenes do Carmo Chaves
16. Jairo da Silva
17. Jorge Karam
18. Manuel Antônio de Souza
19. Cecilia Ferreira
20. Bernardete Rocha
21. Ernane Nascimento Simão
22. Josué Claudio.
23. CETI Dra Zilda Arns Neumann
24. E. E. Sen. Jefferson Peres
25. E. E. Ana Lúcia
26. E. E. Ana Neire Marques
27. EETi Ma. Rodrigues Tapajós
28. E. E. Sebastião Norões
29. E. E. Prof. Enery Barbosa dos Santos
30. E. E. Prof. Gilberto Mestrinho
31. E. E. Prof. Júlio César Passos
32. E.E Prof. José Bernardino Lindoso
33. E. E. Francisca Izabel
34. E.E. Manuel Antônio de Souza
Municípios do interior paralisados
1. Alvarães;
2. Benjamin Constant;
3. Boa Vista do Ramos;
4. Boca do Acre;
5. Codajás;
6. Eirunepé;
7. Fonte Boa;
8. Humaitá;
9. Itacoatiara;
10. Manacapuru;
11. Maués;
12. Nhamundá;
13. Novo Aripuanã;
14. Parintins;
15. Rio Preto da Eva;
16. São Gabriel da Cachoeira;
17. Tefé.
(Colaborou Aldizângela Brito)