Da Redação
MANAUS – Os professores do Estado terão 8,17% de aumento salarial, retroativos a este mês de março. O índice foi anunciado pelo secretário de Estado da Educação, Lourenço Braga, como parte de um pacote de investimentos no setor a ser lançado pelo governo nesta quinta-feira, 15. Os professores reivindicam 35% de reajuste. O governo anunciou também o pagamento, no dia 4 de abril, da data-base dos policiais militares.
O anúncio ocorre no momento em que os professores promovem protestos para exigir pagamento da data-base e reajuste de salário. Na manhã desta quinta-feira, um grupo de educadores protestou nas escadarias do IEA (Instituto de Educação do Amazonas). Houve manifestação ainda na Cachoeirinha, zona centro-sul, e na Cidade Nova, zona norte. Além do aumento salarial, eles cobram aplicação do dinheiro do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica) na melhoria das condições de trabalho.
Lourenço Braga anunciará também a substituição do plano de saúde por dinheiro para os servidores da educação no interior, conforme adiantou o ATUAL nessa quarta-feira, 14. O recurso será pago na folha de pagamento junto com o salário.
O governador Amazonino Mendes anunciou que pagará as promoções verticais de 3.516 professores que concluíram títulos de graduação e a extinção da taxa de 6% do vale-transporte. Um Termo de Compromisso entre o governo do Estado e o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) deve ser assinado para, gradativamente, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), serem efetivados os pagamentos da data base dos anos de 2015 e 2016, ainda pendentes.
“Eu não posso cometer crime extrapolando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por mim, pela vontade do governo, pagaríamos todo o atraso das datas bases de 2015, 2016 e 2017. Mas o limite prudencial só me permite pagar o de 2017”, disse Amazonino.
A Seduc convocou os professores, pedagogos, gestores e técnicos para o do Dia D da Mobilização no Amazonas para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nesta sexta-feira, 16. A proposta é que todas as 599 escolas da rede pública estadual estudem o documento e apresentem propostas para implantação das novas medidas curriculares.