
Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, anunciou que irá aprovar o projeto de ampliação da LG Eletronics de Manaus com as linhas de notebook e monitores que serão encerradas em Taubaté (SP). A decisão ocorreu após a multinacional aumentar de 68 para 150 o número de postos de trabalho que criará na capital amazonense.
O anúncio foi feito em uma live na noite desta terça-feira, 11, com a presença do presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) e de executivos da LG Eletronics. Costa disse que, além da duplicação dos postos de trabalho, a aprovação da nova proposta considerou que a empresa é a quarta maior empregadora do Amazonas, com 2.200 trabalhadores.
“Depois de um compromisso de mais do que dobrar o número de empregos previstos originalmente – eram 68, nós estamos falando em chegar a 150 postos de trabalho, uma grande vitória para a Zona Franca de Manaus, para a LG e para a indústria – nós decidimos que eu aprovarei ainda hoje, ad referendum (que depende de aprovação do colegiado), esse investimento”, disse Costa.
No último dia 23 de abril, Costa retirou de pauta da reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa) o projeto da LG Eletronics. A proposta, que tinha recebido parecer favorável dos demais membros do CAS, tinha a maior previsão de investimentos na pauta da reunião: R$ 325 milhões no total.
Na ocasião, Costa disse que a retirada do projeto “não significa, de maneira nenhuma, a rejeição do projeto”, mas “um esforço para entender melhor as circunstâncias que fizeram com que um número tão baixo de empregos seja gerado por um volume tão alto de investimentos dos recursos do contribuinte”.
Parlamentares do Amazonas consideraram a decisão unilateral como mais um golpe do governo Bolsonaro contra a Zona Franca de Manaus. O deputado federal Marcelo Ramos (PSD) e o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) condenaram a medida adotada por Carlos da Costa.
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A transferência da LG Eletronics para Manaus ocorreu em meio a greve de trabalhadores em Taubaté. Conforme publicação do ATUAL, no último dia 19 de abril os funcionários da unidade, que estavam em greve, aprovaram uma proposta de conciliação definida no dia 16 em audiência no TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região).
Ainda conforme a reportagem, a previsão da LG é encerrar definitivamente a fábrica de celulares até o dia 31 de maio. Para a planta de monitores e notebooks, a expectativa, segundo o plano divulgado pelo sindicato aos trabalhadores de Taubaté, é paralisar a produção em São Paulo até 31 de agosto deste ano.
Assista a live a partir de 16m30s: