Por Teófilo Benarrós de Mesquita, do ATUAL
MANAUS – Responsável pela distribuição do cimento da marca Poty para o Amazonas, a Votorantim Cimentos informou que a falta do produto no mercado é devido à seca dos rios. Segundo a empresa, o produto chega a Manaus por terminal portuário e, em razão da baixa do nível dos rios e da dificuldade de navegação, reduziu a carga nos navios.
De acordo com a Votorantim, esforços logísticos estão sendo feitos para manter o abastecimento local. As lojas de material de construção consultadas pelo ATUAL informaram que não têm o produto. As duas marcas mais comercializadas em Manaus são a Poty e a Mizu.
Lojistas consultados na segunda-feira (27) justificaram a ausência do cimento nas prateleiras em razão da seca e falta de insumos para a produção. Não é o caso do cimento Poty, que não tem fábrica em Manaus.
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Em outubro deste ano a saca de cimento com 42,5 quilos custava, em média, R$ 55. No início do processo de escassez o valor passou para R$ 65. Esta semana, com o sumiço na maioria das lojas, foi vendida a R$ 75. De acordo com os próprios comerciantes, onde ainda existe o produto disponível para venda há limitação de unidade por cliente.
O ATUAL consultou a Mizu para saber as razões da falta do cimento desta marca em Manaus. O Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas) também foi questionado sobre a falta do produto e os impactos no setor. As consultas foram feitas na segunda-feira (27). Não houve retorno.
Confira a nota da Votorantim Cimentos na íntegra:
“A Votorantim Cimentos informa que o abastecimento de produtos no mercado de Manaus encontra-se momentaneamente afetado em função da seca severa na região Amazônica, que baixou o nível dos rios e está dificultando a navegação. Com isso, o navio que transporta o cimento da empresa até Manaus só consegue navegar com parte da carga, e não com 100% da capacidade. A Votorantim Cimentos está empreendendo vários esforços logísticos para manter o abastecimento local, inclusive trazendo produtos de outras regiões, como Belém (PA).”