MANAUS – A saída do delegado Gustavo Sotero – preso na carceragem da Delegacia Geral do Amazonas, em Manaus, pela morte do advogado Wilson Justo Filho – para ir ao TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral) regularizar sua situação eleitoral está muito mal explicada.
A informação inicial era de que ele fora desacompanhado ao tribunal. A defesa de Sotero e a Polícia Civil emitiram nota negando a informação e afirmando que ele foi acompanhado de dois policiais civis.
O ATUAL checou com o TRE-AM e a informa que conseguiu é de que os trabalhadores terceirizados que fazem a triagem na portaria só viram um homem acompanhando Sotero, e não se apresentou como policial civil.
A saída de um preso comum para qualquer evento precisa ser precedida de uma organização prévia, com escolta policial. Os carros que levam os presos costumam fazer muito barulho nas ruas, e tem prioridade no trânsito.
O caso de Sotero não exigiria um aparato de segurança que se exige para presos que representam perigo à sociedade e risco de fuga, mas o que as imagens captaram dá a entender que o delegado preso anda muito à vontade, como se não estivesse sob custódia do Estado.
E isso ocorre dias antes do julgamento, que já foi adiado no mês passado.