Da Redação
MANAUS – Furtos, roubos e vandalismo geraram um prejuízo de R$ 1,5 milhão na Vila Olímpica de Manaus, disse o governador do Amazonas, Wilson Lima, ao visitar o complexo esportivo na zona centro-oeste da capital, na manhã desta sexta-feira, 25. Entre os bens furtados estão notebooks, televisões, portas de alumínio, lâmpadas, fiação e aparelhos de musculação.
Alojamentos precários, infiltrações, mofo, mobiliário reciclado, depredações, extravios e falta de segurança também foram identificados na Vila Olímpica e em estádios mantidos pelo Estado como o Carlos Zamith e o Ismael Benigno.
Conforme o governador, parte do maquinário que está em funcionamento nas unidades apresenta mau estado de conservação e precisará passar por manutenções. Em outros casos, como o dos bebedouros de grande porte (industriais), a manutenção não resolve os problemas ocasionados pela ausência de reparos. Será necessário comprar novos equipamentos.
“A Vila Olímpica está abandonada. Hoje, as pessoas estão sendo assaltadas porque não há segurança. Os vestiários estão em estado deplorável. Tem uma equipe do interior que está participando de uma competição na capital e está em uma situação precária”, disse Wilson Lima.
A piscina do complexo esportivo está com as obras paradas desde 2015. “Nós já conversamos com o empreiteiro e com a Caixa Econômica Federal (convênio para a realização da obra) e já estamos repactuando esse contrato para retomar as obras. Apenas 36% estão concluídas e a gente espera entregá-las até o final desse ano”, disse o governador.
A Arena da Amazônia foram identificadas infiltrações nos vestiários, o gramado está em más condições, televisores dos camarotes sumiram. Torneiras e portas também foram furtadas. Também foram encontrados problemas estruturais nos vidros (blindex) nas arquibancadas, sensores de movimento, louças e descargas dos banheiros e vestiários. O custo mensal de manutenção do estádio, palco da Copa de 2014, é de R$ 600 mil por mês.
As medidas emergenciais incluem o fechamento de algumas entradas da Vila Olímpica, pintura e recuperação da pista para caminhadas. A Sejel (Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer) pretende negociar parcerias privadas para bancar a manutenção das unidades. “Materiais que entravam no depósito eram encaminhadas para outros destinos (Vila Olímpica, estádios, centros de treinamento ou a própria sede da secretaria) antes de serem catalogadas. Essa prática permitia que equipamentos fossem deslocados e até subtraídos do depósito, sem que qualquer registro fosse feito”, disse o governador.