O secretário de Estado de Cultura do Amazonas, Robério Braga, durante a abertura da 1ª Mostra de Cinema Amazonense, nesta terça-feira, 8, lembrou da ditadura militar iniciada em 1964 e encerrada em 1985 como revolução, e disse que se não fosse o regime autoritário a população de Manaus estaria “no porto de lenha sem barcos”. No evento, ele falava sobre políticas públicas para o audiovisual, e se referia ao fato de o regime militar criar a Zona Franca de Manaus. Os participantes da Mostra de Cinema Amazonense torceram o nariz quando o secretário lembrou “com saudade” de um período em que as manifestações culturais foram reprimidas com mão de ferro e seus protagonistas, mortos.
Que vergonha. Lembrar da ditadura com saudade é o mesmo que colher flores em um campo minado. Não basta ser bem assessorado para diluir as tristezas dos amazonenses, tem que girar as favelas ao contrário, extinguindo as magistraturas superiores da vergonha como esta.