É a pergunta que não quer calar no mundo da ciência. Corpos de mamutes preservados no gelo estão dando aos cientistas a oportunidade de trazê-los de volta a vida usando técnicas de manipulação de DNA. Porém, qual a utilidade de um trabalho desses? A paleogeneticista Beth Shapiro, autora do livro How to clone a mammoth?, deu entrevista ao site O Globo falando sobre a “de-extinção” e sobre os impactos que um mamute criaria no mundo animal atual. ‘Estamos chegando lá, mas por que queremos recriar um mamute?’ indaga a autora, levantando questões éticas a respeito do trabalho e quebrando alguns tabus. Veja aqui.
Será que é pura curiosidade científica?
Não é questão se ser conservador ou ‘chato’. A ciência é um combustível enorme e há muitas coisas sedentas desse combustível. Repensar na questão de se recriar ou não um mamute é até mesmo uma questão econômica: quanto dinheiro não será gasto? Estamos enfrentando o Ebola, que até agora não deu sinais de que irá desaparecer, e há um trabalho imenso em se recriar um mamute. Minha sábia mãe diz: o que tá no passado, deixa lá. Vamos deixar os mamutes descansarem em paz.
Enquanto uns tentam trazer mamute, outros testam vírus HIV
Publicação do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences mostra que pesquisadores da Universidade de Montreal estão ‘forçando’ o vírus HIV a reagir com anticorpos produzidos pelos próprios pacientes. A pesquisa descobriu que os infectados têm anticorpos suficientes para matar as células infectadas. O que falta, segundo o líder da pesquisa Andrés Finzi, é um ‘empurrãozinho’: adicionando uma pequena molécula que funciona como um abridor de latas e expõe o vírus aos anticorpos.
Uma a cada seis espécies serão extintas
Mais um dado alarmante do aquecimento global: segundo estudo feito pela revista Science, se o ritmo atual permanecer, as mudanças climáticas podem dizimar 16% das espécies no mundo. Apenas na América do Sul, as extinções poderão chegar a 23%. As espécies mais ameaçadas são as de anfíbios e répteis, que são muito sensíveis ao calor.
Apesar de tudo, a Terra é um bom lugar
O professor de radiação oncológica da Escola de Medicina da UCI, Charles Limoli, deu ao Discovery News uma notícia nada legal aos astronautas que irão passar até 3 anos no processo de ida e volta de Marte: a exposição à radiação cósmica pode causar decréscimo de desempenho, déficit de memória, perda de consciência e de foco. Além disso, segundo o professor, as consequências negativas para a cognição dos astronautas podem ser a longo prazo ou para o resto da vida.
Tão tão distante
Pascal Oesch, da Universidade de Yale, publicou no periódico Astrophysical Journal Letters a descoberta da galáxia mais distante do universo: EGS-zs8-1 é a nova recordista e está a 13 bilhões de anos-luz da Terra (lembrando que a velocidade da luz é a mais rápida do universo). Quer dar uma olhada nessa galáxia? Concentre-se bem na direção em que a seta está apontando na imagem a baixo (clique para ampliar):
Bye Bye, Messenger!
“Foi como perder um membro da família” disse Sean Solomon, pesquisador chefe da missão que estudou os dados enviados pela sonda Messenger. Messenger chocou-se com Mercúrio após ficar sem combustível. O pesquisador estima que o choque da sonda com o planeta provocou uma cratera de 16 metros. A sonda passou 6 anos viajando até chegar a Mercúrio em 2011. Solomon disse ao site O Globo que o término total dos estudos sobre os dados enviados pela sonda ainda demorarão mais alguns anos.
Boas descobertas
Site da Veja organizou um especial com as 5 importantes descobertas da sonda Messenger sobre Mercúrio: o planeta tem muita água, está encolhendo, teve um passado vulcânico, tem muito ferro em seu interior, é cercado por campo magnético. Leia clicando aqui
Yara Laiz Souza, acadêmica de Ciências Biológicas da UEA, manauara.Ex-aluna do IFAM/CMDI,
ex-pesquisadora de PIBIC. Atualmente escreve sobre ciências para o Amazonas Atual e para a
Organização Livres Pensadores.
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