Da Redação
MANAUS – Dos oito deputados federais do Amazonas, apenas quatro votaram a favor de requerimento para que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios fosse votada na quarta-feira (27). A proposta é prioridade do governo Bolsonaro para custear o Auxílio Brasil, programa que substitui o Bolsa Família.
Os deputados Pablo Oliva Souza (PSL), Átila Lins (PSD), Sidney Leite (PSD) e Bosco Saraiva (Solidariedade) votaram a favor do requerimento. Os deputados Silas Câmara (Republicanos) e Alberto Neto(Republicanos) não estavam presentes. Eles participaram de evento religioso em Manaus com a presença do presidente jair Bolsonaro (sem partido) na mesma data.
O deputado Marcelo Ramos (PL) marcou presença, mas não votou. José Ricardo (PT) foi o único que votou contra. A votação do requerimento foi visto como um teste do que pode ser o resultado da votação de fato da PEC dos Precatórios.
Em seu perfil no Twitter, o deputado Marcelo Ramos vem se posionando contrário a medida. Um dos argumentos contrários é a flexibilixação do pagamentos dos precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério).
“Atenção professores e professoras, em especial dos estados do Amazonas, Bahia, Pernambuco e Ceará, na semana que vem deve ser votada a PEC dos Precatórios e nela o CALOTE no direito que vocês têm de receber parcela dos precatórios do Fundef. Falem com seus deputados!”, pediu Ramos, em 22 de outubro.
José Ricardo tem a mesma posição e também alega que os professores receberão um calote. “Ligaram o trato do Governo Federal e o calote dos Precatórios do Fundef avança com a PEC 23/2021. São R$ 19 bilhões aos estados, sendo R$ 219 milhões ao Amazonas. Esse governo é tão cruel que quer aprovar esse calote em plena semana do servidor”, disse.
Para a aprovação da PEC, é necessário o voto de, no mínimo, 308 dos 513 deputados. O requerimento teve apoio de 256 deputados. A votação deve ocorrer na próxima quarta-feira (3).