Da Redação, com Ascom PSOL
MANAUS E BRASÍLIA – O PSOL apostará na eleição municipal para reforçar a oposição ao governo de Jair Bolsonaro. A estratégia do partido é buscar alianças que sejam competitivas e possam derrotar as candidaturas apoiadas pelo presidente da República a fim de reequilibrar a correlação de forças política.
A estratégia foi definida na reunião da Executiva Nacional, no último domingo, 9, na qual aprovou resolução para o pleito de outubro. As ações sejam oficializadas no 7º Congresso Nacional em Brasília nos dias 17,18 e 19 de maio.
A resolução aponta a existência de duas táticas em disputa. Uma, liderada pela centro-esquerda, que busca um entendimento com a centro-direita. Outra, liderada pelo PSOL, que aponta para a “rejeição de qualquer aliança estratégica com aqueles que patrocinaram o ‘golpe’, sustentaram Temer, foram coniventes na eleição de Bolsonaro e apoiam a agenda econômica de Guedes”.
“Compreendemos que, em momentos pontuais, a luta contra Bolsonaro incluirá setores da centro-direita na defesa das liberdades democráticas. Mas não temos qualquer expectativa de que esses possam ser aliados para construir um projeto comum de país. Manteremos a distância de lideranças como Rodigo Maia, FHC e Huck”, disse Juliano Medeiros, presidente do PSOL.
Segundo ele, a esquerda precisa explorar as contradições do ‘Centrão’, que, se por um lado rejeita as medidas de restrição às liberdades democráticas, por outro apoia as que atacam os direitos sociais previstos na Constituição. “Mesmo com baixa aprovação popular, desemprego, e escândalos de corrupção, Bolsonaro conseguiu fazer avançar boa parte de sua agenda econômica. Isso graças à aliança com Maia”, diz Medeiros.
A resolução também coloca na ordem do dia do partido a participação na campanha ‘Fora Weintraub’; a construção de um plano contra a crise econômica, com foco na reforma tributária; apoio à greve dos petroleiros e à greve geral da educação (convocada para dia 18 de março); corganização de manifestações para 14 de março, quando se completam dois anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes; engajamento na construção das manifestações do Dia Internacional de Luta das Mulheres; apoio à construção do Acampamento Terra Livre 2020 em Brasília (abril); e a promoção de uma ampla campanha para que o Brasil decrete Emergência Climática, como fizeram recentemente outros países.