Do Estadão Conteúdo
SÃO PAULO – O presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, pré-candidato do partido à Presidência, enviou na última quarta-feira um breve comunicado aos integrantes da executiva tucana com três itens relativos à próxima reunião do grupo em Brasília, marcada para terça-feira, 26. Entre eles, estava o convite para um ‘ato comemorativo’ dos 30 anos de fundação da sigla. A ideia, dizem integrantes da cúpula, é fazer um evento discreto e fechado no salão de um hotel “só para a efeméride não passar totalmente em branco”.
Por mais que o discurso oficial diga o contrário, há consenso entre tucanos que não há motivo para celebrações. “É o momento mais difícil da história do partido”, reconheceu o deputado Nilson Leitão (MT), líder do PSDB na Câmara.
Em outra circunstância, o local escolhido seria o auditório Nereu Ramos, na Câmara. Foi lá que, no dia 25 de junho de 1988, os então senadores Mario Covas e Fernando Henrique Cardoso anunciaram diante de centenas de militantes eufóricos a criação do novo partido, ainda sem nome.
Os líderes do movimento dissidente do PMDB colocaram em votação o nome da legenda. Partido Democrático Popular, Partido Social Trabalhista e Partido da Social Democracia Brasileira estavam entre os mais cotados. Após a vitória da sigla PSDB, o senador paranaense José Richa, um dos recém-filiados, colocou a democracia interna como uma marca da nova legenda, que nascia em um momento de ‘descrença popular com os partidos e instituições’.
Trinta anos depois, a cerimônia fechada no hotel de Brasília ocorre no momento de uma nova onda de decepção popular com partidos e instituições, que desta vez atingiu em cheio o PSDB. “O momento é ruim para todos os partidos e para a política em geral. Há uma crise política sem precedentes”, minimizou o deputado Silvio Torres (SP), tesoureiro do PSDB.
Pré-candidato ao Planalto, Alckmin está estacionado nas pesquisas de intenção de voto com números que variam entre 7% e 10%, o pior desempenho de um tucano nesse período desde 1989. O ex-governador mineiro Eduardo Azeredo, que presidiu o PSDB, entrou para a história como o primeiro ex-presidente do partido preso, reforçando a crise da legenda e dificultando ainda mais o projeto de retomar o poder após 16 anos.
“Há 30 anos, criamos um partido para dar ao País uma opção política à altura de seus desafios. Na Presidência, fizemos o mais bem-sucedido programa de modernização e transformação econômica da história do Brasil”, disse Alckmin ao Estado. “Agora, precisamos lutar mais, vencer de novo as forças que emperram o avanço do País. O Brasil vai mudar para melhor e, nessa luta, o PSDB também”.
O auge eleitoral do partido ocorreu durante o segundo governo FHC, quando elegeu uma bancada de 99 deputados federais e sete governadores, em 1998, e quase mil prefeitos, em 2000. Embora tenha sido o partido mais vitorioso nas eleições municipais de 2016, o PSDB tem hoje a segunda menor bancada na Câmara dos Deputados de sua história, com 49 parlamentares – maior apenas do que a bancada eleita em 1990.
“O PSDB perdeu talvez o seu principal discurso, o discurso ético. E não apenas pelo caso envolvendo Aécio Neves, mas outras lideranças históricas, como Eduardo Azeredo, que está preso, e José Serra, que é investigado. Até o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, é citado em casos que envolvem corrupção”, avaliou o cientista político Marco Antonio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas.
Líderes
A promessa de uma ‘democracia interna’ feita em 1988 não se concretizou. Prova disso é a falta de renovação de lideranças nacionais e regionais. “Os líderes ainda são os mesmos e estão velhos. Eles representam o ranço do partido. Foi uma geração boa mas que não se renovou”, disse o professor emérito de Filosofia da USP José Arthur Giannotti.
Teixeira concorda. “Como todo partido, o PSDB não se renovou. Nasceu como um movimento de crítica à política que se praticava na época, ao fisiologismo do PMDB, e hoje se assemelha muito a ele. Aceita nomes que não têm nenhum compromisso com as bandeiras originais do partido dentro de um pragmatismo calculado para vencer eleições”, afirmou.
O cientista político Carlos Melo, do Insper, pontuou ainda que o PSDB, em determinado momento, optou por ser apenas oposição ao PT, perdeu seu rosto social democrata, sua posição progressista nos costumes e se descaracterizou. “Em determinado momento, com o fim do ‘malufismo’ em São Paulo, caminhou por uma extensa avenida que se abriu à direita. Mas, agora, perdeu até isso para Jair Bolsonaro. Não é mais direita nem centro-esquerda, como se definiu na fundação”.
Para os especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, a crise atual não apaga os principais acertos do partido, a maioria econômicos. “O PSDB implementou no País um novo padrão de qualidade de gestão. Fez isso a partir do Plano Real, da Lei de Responsabilidade Fiscal, do controle de gastos”, avaliou o cientista político José Álvaro Moisés, da USP. “Esse legado não se quebrou”.
O momento agora é do Alckmin rodar o Brasil e mostrar suas propostas! #PreparadoParaOBrasil
Alckmin, o mais preparado para governar o Brasil. Transformou São Paulo no estado com a melhor segurança pública do país, melhor saúde, e as melhores rodovias do Brasil. Não é a toa que foi governador 4x.
Somente quem cuidou de um dos maiores orçamentos do país e que manteve contas e salários em dia, assim como melhorou e fez do nosso estado um grande estado forte e rico pode ser presidente deste país! Amo o Brasil amo SP e por isso digo Geraldo Alckmin #PreparadoParaoBrasil
Perfeito posicionamento do Geraldo! Meu voto é teu
Meu voto continua sendo do Geraldo Alckmin, sei da sua competência para tirar o país dessa situação.
Meu voto de confiança vai para Geraldo Alckmin.
#GeraldoPresidente Avante Brasil.
Eu já disse eu vou votar em Geraldo Alckmin, pois é o único com comprometimento com a população e que sabe trabalhar por todos.