MANAUS – Um mandato de prefeito tem quatro anos. São 1.460 dias. Nesse período, se não houver qualquer acréscimo no orçamento do município em quatro anos, o prefeito terá R$ 26 bilhões para administrar a cidade.
O que é possível fazer com R$ 26 bilhões? São R$ 6,4 bilhões por ano; R$ 541,6 milhões por mês; R$ 18 milhões por dia. Esse valor é estimado no orçamento do município para 2021.
A tendência é de crescimento da economia nos próximos anos, o que elevaria a receita do município para próximo de R$ 30 bilhões em quatro anos.
Logicamente é preciso ter claro que o prefeito não tem total liberdade para gastar o dinheiro arrecadado pelo município. O orçamento anual tem amarras legais que precisam ser cumpridas pelo gestor.
A maior parte do dinheiro tem destino certo: pagamento de pessoal e encargos (R$ 2,8 bilhões). E mais R$ 1,7 bilhão para despesas correntes.
Mas ainda sobram alguns bilhões que o gestor pode definir como gastar. Precisa eleger prioridades e aplicar corretamente os recursos.
O orçamento do município de Manaus, nos últimos 12 anos, cresceu vertiginosamente. Quando Serafim Corrêa deixou a prefeitura, no fim de 2008, o orçamento daquele ano foi de R$ 1,8 bilhão.
Em 2012, quando Amazonino Mendes deixava a Prefeitura de Manaus, o orçamento do município já era R$ 3 bilhões. E em 2016, último ano do primeiro mandato de Arthur Virgílio Neto, chegou a R$ 4 bilhões.
Para este ano, a previsão era de R$ 6,2 bilhões, mas a meta não deve ser atingida em função da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.
A questão que se impõe ao eleitor: a quem entregar a chave do cofre? A quem confiar a administração da cidade?