MANAUS – Propaganda enganosa é coisa séria, como toda campanha eleitoral. Essa do Banco do Brasil que o presidente Jair Bolsonaro mandou tirar do ar é um exemplo típico. Jovens bonitos, de todas as classes sociais, aparecem com cara de investidor feliz com o BB. Tudo mentira. Jovens não têm dinheiro para aplicar em banco. Vivem pedindo dos pais para ir ao cinema ou descolar um lanche com os amigos. Bolsonaro tem razão. Se fosse empresário americano mostrando dólar, vá lá! O que incomodou o presidente é que havia gay na publicidade do BB. Incrível como ele notou. A Impressão que ficou é que o BB é coisa pra macho e não para filhinhos de papai ficarem brincando de donos da poupança política do pai. Isso aí não é para todos não, só para alguns filhinhos.
Que matéria mais pobre. O jornalismo de fato arqueja.
Se vocês acham absolutamente normal um banco PÚBLICO usar 17 milhões (isso mesmo, não são 17 mil, são 17 MILHÕES), como o próprio banco informou, numa propaganda de poucos segundos, então depois não venham reclamar ou querer apontar o dedo para político ou empresário bandido quando estes forem acusados de corrupção, desvios de verbas públicas ou coisa que o valha. Quem não vê problema nessa quantia, nessa situação infinitamente absurda é simplesmente tão patife quanto quem a possibilitou. O dinheiro é de vocês também, senhores jornalistas, vez que vocês também pagam tributos. Se os senhores não veem problema nenhum, bom, eu vejo e vejo muito, afinal… essa grana saiu do meu bolso também.