A promotora de Justiça Renata Cintrão Simões decidiu arquivar a denúncia de má gestão da secretária municipal Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), Goreth Garcia, nos anos de 2013 e 2014. A primeira-dama foi acusada – em denúncia anônima – de não gerenciar corretamente o cadastro de Bolsa Família nesses dois anos e perder beneficiários. A “promoção de arquivamento da denúncia” foi publicada, ontem, no Diário Oficial do Ministério Público do Estado (MP-AM) e consta a informação de que o órgão abriu um inquérito civil “para apurar irregularidades na redução do Índice de Gestão Descentralizada no município de Manaus (IGD), com fundamento na má administração perpetrada pela Semasdh”. O IGD é um indicador que mostra a qualidade da gestão do Programa Bolsa Família (PBF), além de refletir os compromissos assumidos pelos estados e municípios na gestão do Cadastro Único de programas sociais. Com base nesse indicador, o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) repassa recursos a estados e municípios para a realização da gestão do Bolsa Família. Em seu relatório final, a promotora diz que ao analisar os documentos repassados pela própria secretaria e também em observação aos dados do MDS ficou constatado que a pasta aumentou seu número de beneficiários do programa. A recomendação da promotora foi encaminhada ao Conselho Superior do Ministério Público, que ainda irá se manifestar sobre o caso.
Partiu de casa
Funcionários da prefeitura informaram à coluna que a denúncia contra a secretária Goreth Garcia saiu dos corredores da própria Semasdh direto para o Ministério Público. Os servidores da pasta chegaram a passar documentos contendo detalhes da redução dos beneficiários e estranharam a rapidez da investigação da denúncia, novembro de 2014 a fevereiro deste ano, quatro meses.
Atrasada e ríspida
Servidores da prefeitura afirmaram também que a denúncia foi uma forma dos servidores da Semasdh se vingarem de Goreth Garcia que, segundo eles, chega para despachar no órgão às 17h, no momento em que todos os funcionários, em tese, estão finalizando o expediente, e ainda trata com rispidez quem faz “cara feia” para ficar para no plantão.
Demorou…
Depois de seis anos, o Ministério Público do Estado resolveu investigar, este ano, o contrato de 2009 da Oscip Instituição Dignidade para Todos (IDPT) com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) por “supostas irregularidades” na prestação dos serviços. A organização era responsável por contratar e gerenciar os agentes de seguranças, os “verdinhos”, que trabalhavam nas delegacias. Há quase dez anos prestando serviços para a secretaria e com várias denúncias dos próprios trabalhadores de atraso nos pagamentos, o IDPT mudou de nome e, agora, é Prosam (Programas Sociais da Amazônia).
Posse solene
O ex-procurador-geral de Justiça Francisco Cruz, nomeado pelo governador José Melo (Pros) para o cargo de secretário executivo de Relação Institucionais, anda dizendo a amigos que espera um grande e solene ato de posse. O problema é que a secretaria que ele vai assumir não existe de fato.
PR atrás do prejuízo
O PR, presidido pelo deputado federal Alfredo Nascimento, fará a partir de abril uma grande campanha para atrair novos filiados. Alfredo disse que quer o partido mais forte e disputando a prefeitura “em todos os municípios amazonenses”. Em Manaus, a legenda só teria um nome, o do próprio Alfredo.
Saída de Michilles
A saída de Humberto Michilles da administração de Arthur Virgílio Neto (PSDB) pode ter motivado o PR a pensar na disputa pela Prefeitura de Manaus no próximo ano. Ele era o representante mais forte da legenda no primeiro escalão de Arthur.
Fiel da balança?
Considerado por alguns o ‘fiel da balança’ na escolha do novo coordenador da bancada amazonense, o deputado Alfredo Nascimento comentou que não existe um equilíbrio, como tem informado a mídia, sobre a disputa do senador Omar Aziz (PSD) e um candidato contrário a ele. E, por enquanto, a bancada está totalmente dividida e cada um dos 11 parlamentares querem ‘puxar a sardinha para o seu lado’.