Por Marcelo Moreira, do ATUAL
MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) abriu Inquérito Civil Público para apurar as causas da defasagem no efetivo de oficiais e praças da Polícia Militar do Amazonas nos últimos dez anos. O promotor de justiça Iranilson de Araújo Ribeiro afirma que foi constatada precariedade no efetito da PM no estado.
“Existe precariedade de efetivo da Polícia Militar do Amazonas na cidade de Manaus, constatada durante as inspeções das Promotorias de Controle Externo da Atividade Policial. Considerando que a mesma ou maior precariedade também é identificada na maioria das cidades do interior do estado, como, por exemplo, em Parintins, município que deveria ter 400 policiais militares, hoje conta apenas com 181 militares, estando apenas 133 destes atuando operacionalmente. Por este motivo, nós queremos um debate com as autoridades da segurança pública para buscar uma solução”, disse Iranilson.
O Ministério Público solicitou à Polícia Militar do Amazonas informações sobre o atual efetivo e marcou para o dia 21 de agosto uma reunião com o secretário estadual de segurança pública, Carlos Alberto Mansur, e o comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, Marcus Vinícius Oliveira de Almeida.
Segundo o MP, após essa reunião será expedida uma notificação recomendatória ao governador Wilson Lima para que seja apresentado um plano de recuperação no efetivo da PM nos próximos cinco anos, incluindo um cronograma de convocação dos aprovados nos concursos anteriores e a realização de novos concursos no período.
Para instaurar o procedimento, o MP considerou informações de visitas técnicas do Conselho Nacional do Ministério Público e os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no dia 21 de julho deste ano, que mostra o Amazonas como 3º estado mais violento do país. Inclusive, esse levantamento também preocupa os aprovados do concurso da Polícia Civil do Estado, que pedem urgência na nomeação para o cargos.
O ATUAL solicitou posicionando da Secretaria de Segurança Pública, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.