Do ATUAL
MANAUS – Mulheres que buscam ter o próprio negócio em Manaus podem obter treinamento pelo projeto Geração de Renda, do Instituto Ela, que oferece cursos gratuitos de empreendedorismo. A abertura do primeiro negócio, regras do MEI (Microempreendedor Individual), noções básicas de tecnologia, técnicas para superar obstáculos e comunicação estão entre os conhecimentos abordados nos cursos.
O projeto inclui ainda ações para o desenvolvimento pessoal, da autoestima e da resiliência nos negócios, além de palestras com psicóloga e troca de experiências com voluntárias do instituto em outros estados.
“O Projeto Geração de Renda é de grande importância para essas mulheres, pois é um incentivo para que elas acreditem em seu próprio potencial. Muitas chegam ao projeto sem fontes de renda nem perspectivas e acabam despertando para esse potencial durante os cursos e as palestras, que mostram a elas novos horizontes e a educação transforma”, diz a professora Nelly Falcão de Souza, gestora regional do Instituto Ela em Manaus.
Em seis meses foram realizados 80 cursos às mulheres, que também recebem assistência técnica para empreender. Bijuterias, artesanatos, perfumes, maquiagem e bolos estão entre os produtos desenvolvidos pelas alunas para ter renda própria.
“Esse é o resultado que esperamos e que define o sucesso do projeto: mulheres preparadas para buscar sua independência financeira a partir do próprio trabalho. Mais do que melhorar a vida de suas famílias, elas vão inspirar outras mulheres em suas famílias e comunidades, e assim conseguimos ajudar mais pessoas a transformarem seus mundos”, disse Nelly Falcão.
Além do Instituto Ela Nacional e do Instituto Eduk, o Geração de Renda conta com o apoio da Fundação Geraldo Pio de Souza, que cedeu o espaço interno da Creche Zezé Pio de Souza, com a oferta do serviço de Internet, material para realização de cursos e lanches, sem custos para as participantes.
Dona de uma confecção que fabrica e vende roupas, acessórios, artesanatos, canetas, sandálias e chapéus customizados, Eveleine Santos Rodrigues, 42 anos, foi formado no projeto. “O projeto me deu o que faltava: conhecimento e estrutura. Mergulhei de cabeça, fiz todos os cursos que pude e foi quando me inspirei a voltar para a faculdade, mas desta vez para estudar moda”, contou.
A opção pela confecção foi por herança familiar. A habilidade em costura foi herdada da mãe. Para implementar o negócio, Eveleine participou de 30 cursos diferentes. A busca por conhecimento foi para ficar fora das estatísticas de ‘falência’ entre os microempreendedores. Segundo o Sebrae, o fechamento de negócios atinge 3 em cada 10 empresas após 5 anos de atividade.