Da Redação
MANAUS – O ano letivo de 2019 está ameaçado em 37 escolas da Seduc (Secretaria de Estado da Educação do Amazonas). Elas estão em situação crítica e integram lista de 251 colégios que necessitam de reformas. É o caso da Nilo Peçanha, no Centro de Manaus, que será fechada este ano. O estabelecimento abrigava 280 alunos e a estimativa era aumentar para 322 em 2019.
A medida foi anunciada pelo governador do Estado, Wilson Lima, na manhã desta quinta-feira, 17, ao visitar o colégio na companhia do secretário de Educação Luiz Castro. Lima constatou que a escola está com a fiação elétrica expostas, infiltrações, piso soltando, sala com mofo e o banheiro alaga com a chuva. “Em Itamarati, Ipixuna e Tonantis há escolas que não vão funcionar. Vamos ter que realocar alunos e colocar em turno intermediário”, disse o governador, que anunciou o pagamento da segunda parcela do reajuste do salário dos professores, de 9,38%, para este mês de janeiro. “Algumas unidades vão ficar fechadas para reformas”, afirmou.
Wilson Lima disse que não há como fazer as reformas das 251 unidades de ensino em um ano. As obras deverão ser executadas nos quatro anos de mandato e deverão custar R$ 350 milhões. “No primeiro momento, vamos investir R$ 4 milhões para evitar que o ano letivo seja comprometido”, disse o governador.
Coisas escabrosas
Lima revelou que a estimativa inicial de déficit do governo era de R$ 2 bilhões, mas agora é de R$ 3 bilhões. “Esse é o rombo do governo do Estado. A medida que vamos tendo acesso a dados, vamos descobrindo coisas escabrosas. Esse rombo pode ser muito maior”, disse.
“Recebi um relatório no qual consta que 500 carros próprios e alugados pelo Estado não foram abastecidos durante três meses. Esses carros devem estar parados em algum lugar. Vamos investigar para saber onde foram parar”, disse Wilson Lima.
(Colaborou Patrick Motta)