Da Redação
MANAUS – Centenas de professores da rede pública estadual de ensino promoveram manifestação em frente a sede da Seduc (Secretaria de Estado de Educação), no bairro Japiim, zona sul, e em frente a sede do Governo do Amazonas, no bairro Compensa, zona oeste, na manhã desta quarta-feira, 17. Com cartazes e placas os trabalhadores pedem reajuste salarial de 15%.
Na Seduc, a manifestação foi organizada pelo Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas). De acordo com Cléber Ferreira, que é secretário de Finanças do sindicato, o protesto também é para “pedir respeito pelas tentativas da Seduc de intimidar professores com ações judiciais”.
“Essa manifestação é para que a gente lute e denuncie o assédio moral que está acontecendo dentro da Educação. Nós vamos continuar com atividades em Manaus e no interior até que o governador Wilson Lima atenda o comando de greve”, afirmou Cléber Ferreira. A Justiça mandou suspender a greve.
Os professores carregavam cartazes com as mensagens “Wilson, não use a LRF como desculpa. 15% Já”, “Governador, 3,93% vergonha”, “Aqui é resistência” e gritavam “Professor lutando também está ensinando!”. Representantes do comando de greve de todas as zonas de Manaus discursaram em cima de um carro de som.
Um grupo de professores de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) promoveu caminhada pelas ruas do bairro Japiim e se reuniu com os professores da capital amazonense. Eles carregavam uma placa com a mensagem: “Professores de Iranduba na luta por dias melhores. 15% já!”.
Protesto simultâneo
Na sede do Governo do Amazonas, a Asprom também reforçou a pressão pelos 15% de reajuste. Uma comissão foi recebida por representantes do governo, informou a Seduc.
Os professores devem se reunir às 17h desta quarta-feira em frente a sede da OAB-AM (Ordem dos Advogados do Brasil) para pedir apoio para derrubar a liminar concedida pelo desembargador Elci Simões de Oliveira na última sexta-feira, 12. A decisão autoriza a Seduc a descontar as faltas nos salários dos professores e arbitra multa diária de R$ 20 mil ao Sinteam e à Asprom em caso de paralisação das atividades.
(Colaborou Patrick Motta)