Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – As aulas na rede pública do Amazonas foram suspensas nesta segunda-feira, 19, antes da deflagração da greve dos professores, programada para quinta-feira, 22. Em 71 escolas da rede pública em Manaus, segundo a Asprom (Associação Movimentos de Luta dos Professores de Manaus), as aulas foram paralisadas. Conforme a entidade, os professores têm autonomia para decidir sobre a suspensão dos trabalhos.
O presidente da Asprom, Lambert Melo, disse que a greve está programada para quinta-feira, quando haverá manifestação em em frente à sede do Governo do Amazonas, na zona oeste da capital. “A intenção era que desta segunda até quarta-feira, 21, as escolas funcionassem normalmente. Apenas o comando-geral de greve deverá parar as atividades para ir às escolas e fazer o convencimento para que todos os trabalhadores paralisem as atividades na quinta-feira”, disse Melo.
Lambert Melo disse que cada escola tem autonomia de parar as atividades, seja por um único período ou de forma integral. O sindicalista afirmou que têm muitos professores que não querem voltar ao trabalho até que o go verno atenda a reivindicação de 35% de reajuste salarial. A Seduc (Secretaria de Estado da Educação) oferece 8,17%.
Sem diálogo
Conforme Lambert Melo, o governo não abriu diálogo com a Asprom e negocia apenas com o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas). Segundo ele, a categoria não quer ser representada pelo Siteam. “A categoria quer que a negociação seja feita com a Asprom. E nós não recebemos nenhuma abertura de diálogo com o governo. Enquanto, se não houver essa discussão com o governo, a greve está mantida” disse.
Procurado, o Sinteam não atendeu os contatos feitos pelo ATUAL. A Susam informou que enviará nota sobre a situação, o que não aconteceu até a publicação desta notícia.